A solidão é a presença mais indesejável,inoportuna,inconveniente ,inóspita...enfim, chega de gastar adjetivações para este relato de vácuo existencial e que assume tantas formas quanto às dores que ela propicia!
A maior ,seria o daqueles que para livrarem-se da solidão procuram multidões de amigos,passeatas de protestos, ruas , praças e avenidas entupidas de gente e afirmam que, certamente entre centenas de tentativas e encontros ou desencontros, terão finalmente, uma companhia,a cara nova,o arco-íris antes escondido atrás das nuvens,o filhotinho de cachorro lindo e irresistível que você irá,com certeza, imediatamente, adotar!
Não é bem assim!
A solidão, assim como os vinhos e os queijos, precisa de tempo de maturação certo.
Enquanto no seu interior,você não conseguir exorcizar os antecedentes daquela falta , avaliando e compreendendo as razões da perda, estará simplesmente trocando seis, por meia dúzia.
Quer que eu minta?
AMOR COM CONTROLE REMOTO.
É insegurança!
A mais descarada e explícita insegurança, quando querermos manter um amor sob o garrote vil de um controle remoto como, se o outro fosse, um mecanismo apático e sem vontades de um destes aparelhos eletrônicos.
Não ama, quem não dá liberdade,não ama que não confia, não ama que não acredita, portanto, no amor.
Não ama, quem não dá liberdade,não ama que não confia, não ama que não acredita, portanto, no amor.
Amar é tão somente isso: Acreditar, e neste caso, nenhuma desconfiança sem base real é suportável, explicável ou permitida.
Ciúme é negação,jogo perigoso de confronto,arma letal contra sentimentos mútuos e reais entre aqueles que estão juntos por que querem e se não quiserem...Bem todos sabem a resposta.
Já dizia minha avó: " A porta da rua é a serventia da casa".
Portanto, joque no lixo seu inútil controle remoto,se é que você ainda, ou algum dia perdeu seu tempo usando-o.
E se isso nunca aconteceu, creia que você sabe amar em toda a plenitude desejável!
AGORA QUANDO OLHO,VEJO, E SE VEJO,REPARO E ENXERGO!
Quantos de nós vivemos uma vida apenas ollhando para as janelas?Seus contornos,o verniz que lhe cobre e a cortina, sem nunca ver o que está atrás da cortina,reparar nas multifacetadas nuances de coloração das luzes que lhe atravessam ou enxergar finalmente,lá fora, o mundo!
Quantos de nós olhamos para o céu só despertados quando passam os aviões de carreira e jamais vemos a leveza de nuvens em bloco de algodão,pois se reparássemos,enxergaríamos a inevitabilidade da mão de Deus,naquela obra de um azul em todas as matizes.
Quantos de nós só olhamos do corpo, o rosto, barriga, coxa e curvas, na maioria das vezes,sem vermos os pedidos ocultos que gemem naquela pele e deixamos assim de repararmos volumosas necessidades de carências explícitas,ou seja não enxergamos nada!
Agora,recuso-me somente olhar o mundo pois,passei no vestibular da maturidade das mais fiéis e necessárias percepeções qual seja,daquilo que se deve ter, ao ver a vida.
Passei a reparar que minha existência era superficial,óbvia, e insossa pois sem os temperos da realidade.Então quando enxergo você a vida passa a ser muito mais além,muito mais além das cortinas, muito mais além do que aviões de carreira,muito mais além do que só curvas em seu corpo e já não suporto mais a hipótese de não entrar em contato com sua alma e aninhar-me para dormir e sonhar, no balanço compassado do seu coração.
E alí confortar-me com a mais sublime canção de ninar!
Quer que eu minta?
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