Nas democracias representativas é o voto popular que elege
nos sistemas presidencialistas o mandatário responsável pelos destinos da nação
durante o seu mandato.
Cabe aos grupamentos sociais
e políticos vitoriosos cumprirem promessas de campanha e aos derrotados
no pleito a responsabilidade de reestruturar-se
para melhorar seus desempenhos nas próximas eleições.
Para que a democracia continue a ter a indispensável oxigenação
que lhe permita ao pulmão politico-institucional da nação sobreviver sem riscos
de rupturas de anormalidades institucionais e indesejadas com graves apneias que a levem para o
pronto-socorro das intervenções militares e jurídicas, o legislativo deve manter-se
à altura da confiança que a nação nele depositou e o executivo um desempenho de
profícuas realizações ,conforme combinado nos palanques.
A oposição tem uma responsabilidade fundamental para a
salvaguarda do regime democráticos qual
seja, preparar-se para fazer a indispensável alternância do poder em eleições
seguintes.
A alternância do poder é o verdadeiro oxigênio que toda e
qualquer democracia plural representativa necessita.
Isto porque não existe nenhuma diferença entre um regime de exceção
que governe uma nação por vinte anos,
daquele outro que faça o mesmo por incompetência de uma oposição incapaz de
encontrar lideranças capazes .
São fenômenos indesejáveis para as democracias plurais
representativas os regimes militares que se instalem no poder
civil ou as teocracias fundamentalistas religiosas, assim como, as monarquias
absolutas ou partidos políticos que não encontrando na oposição lideres capazes
de substituí-los democraticamente, vão
somando mandatos e mais mandatos sem que
se alterne as lideranças .
E quando isto acontece os governos se transformam numa
imensa e inexpugnável caixa- preta a qual ninguém é permitido vasculhar as suas
vísceras funcionais, apesar de na teoria, caber aos órgãos de fiscalização
institucionais a obrigatoriedade de fazê-lo.
Aqui poderíamos usar a máxima popular de que: ”Manda quem
pode, obedece quem tem juízo”, e ”juízo”
aqui fica traduzido na subserviência de maus brasileiros que faminta de uma
fome incontrolável de poder, aceitam cargos e muitas outras benesses, transformando-se
em “aliados” para a continuidade de uma
democracia para qual foram derrotados.
“Aliados” que deveriam estar fazendo vigilante oposição aos
atos dos agrupamentos políticos que se eternizam no poder, porém enredam-se na
cômoda possibilidade de serem movidos pelas barganhas dentro do próprio
governo com seus imensos rabos presos .
Pobre a democracia que transforma e permite que a verdadeira
oposição, aquela que seria a única capaz de propiciar a imprescindível alternância
do poder - forma única de sobrevivência deste regime de liberdade politica
insubstituível- se venda, macule, ignore
e se corrompa também, em detrimentos dos
anseios maiores da nação e ao invés de encontrarem homens públicos capazes de em
eleições posteriores, interromperem esta indesejável e inexpugnável confecção desta caixa- preta de bandalheiras e corrupção de
toda ordem e para qual passam a ser
também, os seus maiores colaboradores.
No caso brasileiro parte desta abominável caixa-preta
cresceu e formatou-se em nossas riquezas petrolíferas e ninguém via nada, até que por
acaso todos foram obrigados a enxergar.
Ninguém que eu digo, é NINGUÉM mesmo!!!
Quer que eu minta?