DOS AMORES;





Frase usual,pouco criativa,engessada na mesmice de outras tantas vezes que ela já foi pronunciada, admitindo-se portanto, que as coisas entre os dois começaram comum demais para vir a ser diferenciada em amor romântico:
" É a mulher da minha vida"!
Frase pequena, menor, impulsiva e na maioria das vezes afinal artificial. Nenhum  amor começa colocando a vida subjugado ao amor. É uma simples questão filosófica de grandeza pois, a causa é a vida e nenhum amor pode ser como consequência maior do que ela. Aqui a epistemologia escravizada a fatores paradigmáticos que regem as relações interpessoais, não abençoa os exageros que se traduzem mais em falsos galanteios do que na essencialidade do sentimento. O amor deve ser tratado com a terra muito bem adubada neste jardins de sonhos que todos os pretendem plantar até que acabe. Outra fanfarronice é acreditar que só a a morte os separariam. Do ponto de vista dos outros, considerar alguém a mulher da sua vida é cometer um erro quase pornográfico e ofensivo as liberdades hoje, tão elevadas. É uma atitude que, se não fosse escondida entre emoções duvidosas quando ditas, certamente a maioria dos movimentos feministas o considerariam machista. Ainda não a consideram, ou será que sim? Além de machista tem um ar inevitável de autoritarismo encoberto em argumentação falaciosa como se quisesse estabelecer uma panaceia para todos os males vindouros e naturais no relacionamento a dois: Aquele que perde um dia a mulher da sua vida, perde a própria vida? Nestes dias moralmente pictóricos de hoje a resposta é não! Não tenho visto mulheres declararem que aquele é o homem da vida dela. Amam de menos? Lógico que não, apenas diferentemente dos homens (salvo interesses pecuniários , o que atualmente são bastante comuns) por parte dos corações femininos, tenho a certeza de que elas ainda continuam mais precavidas nestes arroubos emocionais. As mulheres são mais sábias e devem sempre investirem nelas mesmos, tipo:
Seja você mulher, a mulher da sua vida!