Imagine que você seja de um mundo
no qual só existam, pontos e linhas retas.
Uma noite você tem um sonho no
qual aparece um circulo.
Acorda dizendo que, teve um
pesadelo!
Nós só decodificamos, entendemos
ou percebemos os elementos existenciais que fazem parte do nosso mundo
intelectivo e da forma como fomos aculturados.
Perceba como as pessoas só
descrevem extraterrestres com boca, olhos, orelhas, nariz, enfim, uma
reprodução de um ser humano formatado, segundo suas impressões perceptivas do
planeta terra, devidamente fantasiado de um ser do outro mundo: a cabeça é
enorme, o corpo absolutamente, desproporcional, de cor verde...
Não é incomum que seres humanos,
vejam uns aos outros, também desta forma.
O cantor Paulinho da Viola tem uma música que
sintetiza uma bela verdade:
“A vida não é só isto que se vê,
é um pouco mais, que os olhos não conseguem perceber...”
Billie Holiday canta:
“What a difference a day made,
twenty-four little hours” e traduzo só para
lembrar: Que diferença um dia faz, pequenas vinte e quatro horas!
Veja que, em ambos os casos
decreta-se a morte da permanência, da mesmice, dos sistemas fechados de ver a
vida.
Nem tudo que consideramos o modo
correto de ver o mundo e as coisas, é verdadeiro afinal, o outro, aqui para nós,
também pensa!
O que estou falando é sobre a
imponderabilidade dos sentimentos humanos, suas contínuas mutações e, naqueles
ambos os casos, constata-se um indisfarçável convite à mudança para o novo e ao
renascer.
E isto, é o que mais atemoriza o
ser humano, provocam verdadeiros pesadelos existenciais. Então, algumas pessoas
até se interessam mudar o comportamento de seus cachorrinhos e pagam
adestradores para conter-lhes sua animalesca incapacidade comportamental de
relacionar-se educadamente, com terceiros.
Aí a culpa é sempre dos outros.
E neste caso, dos irrequietos
melhores amigos dos homens.
Afinal os círculos não existem
para quem só convive com pontos e retas.
As águias, por exemplo, pássaros
admiráveis sempre passam por uma fase das suas vidas, muito intrigante, para
todos os cientistas, pois, ao sentirem que, suas penas estão caindo e suas asas
perdendo o vigor, para sustentá-las em vôos altos, ela abriga-se nos topos dos
rochedos e com o seu bico arranca todas as suas penas velhas.
Depois disto, dá furiosas bicadas
nas pedras e destrói seu próprio bico. Semanas depois, todo seu corpo tem nova
plumagem e o seu bico reaparece revigorado. Então, ela arremessa seu corpo no
espaço e renasce num voo, digno de uma nova realidade.
Muitos de nós deveríamos fazer
deste recomeçar da águia - seja isto fato cientifico ou inventado por mentes
criativas - um novo momento mágico, único e admirável em nossas vidas.
A saudável procura de decifrar as
incógnitas das nossas equações existenciais reforçara a certeza de que, a vida
não é só isso que se vê, que pequenas vinte e quatro horas de um dia fazem toda
a diferença.Então, como o instinto da águia, poderemos nos expandir no infinito céu azul do renascimento, à procura de novas realidades e, pela porta da frente das nossas esperanças!
Este seu texto deixa aqui pistas de reflexão muito interessantes.
ResponderExcluirA mudança é algo que sempre assusta a pessoa, mesmo quando a deseja.
Bons sonhos
SÃO,
ResponderExcluiré verdade, no entanto em algumas situações ela é imprescindível.
Renovar, recriar, reviver, colocar outros combustíveis nestes nosso veículo da esperança, é o melhor meio, de poder ficar muitos mais anos nesta estrada da vida!
Um abração carioca.
Já me vi presa a um mundo de linhas e retas e a possibilidade de surgir círculos me apavorava.... mas um dia perdi o medo e aventurei. Percebi que o mundo gira e a cada giro ele nos convida a mudar e com isso aprendi e resolvi não ter medo de mudança, medo de ousar. Pouco me importa os resultados (se ganhei ou perdi) o importante é que tentei, corri atrás, não fiquei parada, vendo a vida passar. Tu como sempre arrasa! Bjinhos Paulo
ResponderExcluirÉ o que se deseja NÁDIA.
ExcluirCorrer atrás , para ficar na frente dos problemas que nos criam garrotes,renascer, reviver, fazer de nós sujeitos,valorizar cada centímetro quadrado da nossa pele e enfrentar o que vier.
Afinal, quem fica rodando querendo morder o próprio rabo em círculos intermináveis, são os nossos adoráveis cachorros.
E não somos, cachorros, não!
Um abração carioca.
Passamos sem perceber por vitrais sim, creio nisso. E seu texto reflete exatamente isso! Parabéns! Estou bem ocupada por isso, sem partilhar comentários. Mas te guardo no coração! Destaco:
ResponderExcluir"Que diferença um dia faz, pequenas vinte e quatro horas!"
Belo texto! Bjos!
ANGEL,
ExcluirFaz, na realidade, toda a diferença!
Um abração carioca.
Paulo.
ResponderExcluirEsse post me fez lembrar de uma amiga que sempre fazia o mesmo trajeto da escola onde lecionava, até sua casa. Um dia o trânsito foi desviado por causa de obras, ela se perdeu. Em uma cidadezinha, como a minha! Acho que o mundo está cheio de pessoas assim! Boa semana! Abraços! PS: Naquele tempo não tinha GPS!
VITORNANI,
Excluirmuito satisfeito de ter você por aqui e esta sua lembrança,realmente estabelece ótima analogia com o texto.
E você sabe, que o pior é que existem pessoas,perdidas dentro de si mesmas.
Estas, e atualmente, nem precisarão nunca de GPS,apesar dele já existir.
Um abração carioca..
Oi, Paulo "menino amanteigado"!
ResponderExcluirÉ. Acho que seria bem inteligente agirmos desse jeito, como as águias.
De vez em quando temos de mudar a plumagem, para encontrarmos nossas coordenadas, de novo.
Boa semana.
Beijo de Lisboa.
LUZ,
Excluirsempre existira um corpo velho para novas plumagens,bocas meio enrugadas para bicos novos e,principalmente,um coração nem tanto assim em plena forma, para magníficos voos cada vez mais altos nos nossos céus de plenas esperanças.
Um abração carioca.
Vim agradecer seu comentário tão gentil!!!
ResponderExcluirSomente um homem com o olhar especial como o seu para escrever palavras tão harmoniosas.
Muito obrigada, aceite um abraço fraternal da Nicinha, sua fã.
NICINHA,
Excluirobrigado por sua contumaz generosidade você sabe que em seu blog, sempre aprendo mais do que você, por aqui.
Um abração carioca.
Um texto bem reflexivo. Gostei muito, Paulo.
ResponderExcluirNa verdade,em cada dia, pode surgir a diferença de uma vida.
Vou daqui de esperanças renovadas :))
Abraço
Sónia
SÔNIA,
Excluirrenovar as esperanças é apertar as mãos das novas possibilidades, abraçar o dia de amanhã,fazer as pazes com a certeza de que,nós somos muito maiores do que qualquer desafio que, nos são impostos.
Com certeza!
Um abração carioca.
Venho agradecer a sua visita , e aproveito para dizer -lhe que adoro ver circulos , no no meio dos costumeiros pontos e linhas rectas .
ResponderExcluirUm abraço
LILAZDAVIOLETA,
Excluirque bom!
Afinal, a visão estendida para todas as possibilidades possíveis,tornam o ser humano liberto das convencionais mesmices dos caolhas.
Seja muito bem vinda!
Um abração carioca.