O INFINITO DAQUELE AMOR.

 

                                                                           

Um dia conversávamos no carro sobre as teorias do infinito e confesso que me enrolei um pouco, inventei algumas coisas e dessa forma se não foram verdades as mais cientificas eu ia, entre tropeços e solavancos, continuando como um carona respeitável e mantendo aparentemente, uma dignidade mínima discursiva e creio satisfatória.

Estávamos numa época do namoro onde as verdades, a racionalidade, o cientificismo cedia sempre espaço aos sentimentos, emoções e empunham-se os instintos, o roçar das nossas peles, aquela única sensação de que, estarmos juntos era o mais importante e o resto todo, seja qual fosse, apenas servia para compor aquela pintura mágica de um quadro que os nossos corações materializavam. É dessa forma que amávamos! Superando chuvas e trovoadas, grandes poças d’água na estrada, passando com velocidade excessiva por cima das lombadas dos caminhos, pois  afinal, nossas colunas vertebrais hígidas recebiam o tranco, absorviam e os nossos corações não estavam nem aí para os barrancos da vida.

Foram  momentos de sol pleno, absoluto e cujos raios iluminavam os céus e as terras.  Resvalavam nas superfícies dos rios e dos mares e seus reflexos ao retornarem como bumerangues das emoções maiores, irradiavam seu rosto que sempre gostei de admirar e dentro dos seus olhos minha menina vivida, inteligente, culta, muito enfezada às vezes, mas sempre tão amada e protagonista maior daquele meu palco escolhido cujas cortinas nunca se fecharam. Aí sim, salve ,salve!

Das terras ensolaradas pelas quais passávamos eram as montanhas que sempre me lembravam ser aquela estrada o nosso encontro. E quem diria fez de mim, veja só, um compositor  de uma música que se nunca ninguém ouviu quem ouviu foi para quem eu a fiz: Você! O respeitável público em geral que me desculpe e também aquelas avassaladoras multidões, os milhares de par de ouvidos comprados a preço de ouro dos streamings da vida falsa e enganadora dos sucessos fáceis. Esses nunca me interessaram.

Bem... Depois vieram os cachorros.


7 comentários:

  1. Arrisco dizer que andamos todos à procura da verdade.
    Agradeço a sua visita ao meu blog.
    Voltarei.
    Um abraço.

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    1. brancas nuvens negras,
      verdade escassa!!!
      Obrigado pelo retorno.
      Um abração carioca.

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  2. Olá, caro amigo Paulo,
    Interessante história aqui nos presenteias.
    Há vários tipos de amor. Dependerá sempre de que estamos a falar. Para mim, como pai, os meus filhos são os meus amores infinitos.
    Grato, pela visita ao meu cantinho que muito apreciei.
    Deixo os meus votos de uma excelente semana!
    Abraço fraterno, daqui de Portugal.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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    1. MÁRIO MARGARIDE,
      o amor é tudo e sempre nos levando como as ondas do mar em incessantes vai - e - vem de esperanças e frustrações.
      Vamos em frente!
      Um abração carioca.

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  3. Oi Paulo, como vão as coisas desse lado de cá?
    Fui visitar um blogue e vi teu comentário lá...
    Nossa! quanto tempo! estive fora da web por um tempo;
    Então... falar de amor.. eita palavrinha pequenina mas super complexa; tem coisas na vida que são simples mas... muito difíceis de uma verdadeira conquista kkkk. Ao meu ver existem
    muitos tipos de amor... o melhor e fazer uma boa escolha de doação k.
    Amor é algo como uma ferida que sempre dói, k, independente da escolha.
    PAZ E BEM.

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  4. CASA DE MADEIRA,
    é pesaroso quando uma escritora e blogueira com sua expertise se afasta !
    Todos nós temos nossas razões nas,espero que tenha vindo para ficar.
    E seu blogue sempre me pareceu muito diferenciado.
    Quanto ao amor ele continua sendo tudo na minha vida.
    Um abração carioca.

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  5. Tanto que se pode dizer sobre o Amor.
    Não consigo conceber a vida sem ele
    Gostei do seu excelente texto, onde é relembrado um amor que na altura seria um amor infinito.
    O que terá acontecido com a chegada dos cachorros ?
    No final, cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
    Machado de Assis.
    Abraço e brisas doces *
    .

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