SOBRE OS AMANHECERES EM QUATORZE CAPÍTULOS.

Nestes amanheceres da vida,olhos abertos e muita vontade de viver soma-se agora aquele virtuoso e imbatível odor de cafe fresquinho feito na hora aspergindo aquela fumacinha e espalhando-a como se quisesse competir com o milagre de um novo dia. Ledo engano, estes fatos não competem entre sim, mas se solidarizam,agem de forma não excludente unem-se em conjunções de boas novas e cada um a seu modo celebram o que mais existe de importante entre os seres de todas as especies: A vida! E tão importante a cheirinho de café fresco e aquele novo amanhecer.O cafezinho nós fazemos,o amanhecer a natureza nos brinda.Este é o segredo absoluto da salutar harmonia homem e natureza abraçados,  seja para o bem estar daquele dia seja para o melhor de tantos quantos dias o seguirem sejam também. E neste novo capitulo dos nossos amanheceres logo identificamos que o homem e natureza nunca estiveram tão afastados, como se víssemos naquilo que, sempre esteve aqui e muito antes de nós, uma ameaça aos nossos avanços materiais de conquistas. Então botamos abaixo as florestas, destruímos a casa do João-de-barro e explodimos montanhas de minérios e os empilhamos em frágeis barragens de contenções que morro abaixo desabam  e matam milhares em sua passagem com aquele lodo mortal da ganância humana. E partimos para os mares,abatemos baleias de muitas toneladas, retiramos tantos peixes que nem dá para acreditar como ainda não despovoamos os mares deste planeta. É inacreditável o que surrupiamos dos mares e eles continuam reproduzindo a vida. Das janelas das nossas varandas atiramos sofás nos rios,camas estraçalhadas tem o mesmo destino e transformamos lagos e lagoas em penicos dos dejetos da insaciável  tendencia humana de ganhar,juntar,amealhar entupir os cofres de falsas riquezas, até que um temporal chega e arrasta seu veiculo importado de alto luxo e o devolve para os rios e lagoas que antes você transformou em lixeira. As desgraças são absolutamente democráticas e servem para mostrar que se todos não alcançarmos a felicidade, os poucos que conseguirem terão muitas dificuldades em usufruírem com tranquilidade aquilo que foi apropriado de terceiros. Tenho a maior convicção, toda a certeza e uma fé inabalável de que a convivência solidaria entre aquele odores de café fresquinho e a natureza que o amanhecer nos oferece seja a única possibilidade de convivermos de forma civilizada e próspera.

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