IMPROBABILIDADE CONFESSA!





Sinto você frágil, como um grão de trigo cultivado num chumaço de algodão somente por diletantismo e tão distante,como se o seu mundo fosse o da Galáxia de Andrômeda.

Inacessível.

O desconforto da sua lembrança idealizada gera então uma sensação estranha, igual àquela provocada pelas garras da pata de um grande felino que arranha o meu tórax, começando no pomo-de-adão e fazendo ponto final na boca do estômago.

O mal-estar fica contido na glote, mas a tristeza invade assim mesmo, e à revelia, por todo o meu corpo e evolui para tormentos e fantasias que eu não tenho mãos para segurar, qual seja, a verdade que quero protelar sobre a probabilidade de um tenro e demorado abraço dos nossos braços, como antes, pois, só isto, amenizaria meu desconforto neste contato com a completude dos nossos corpos.

Que tranco!

Esta esperança esvai-se, diluída em milésimas partes das milésimas outras, como se fosse uma poção homeopática em (des) preparação.

Eu, acostumado a fixar em textos, arranjos chulos de palavras compradas a um e noventa e nove na lojinha de letras da esquina e, tal qual um palhaço fazedor de graça, sempre me contentando com a mediocridade de uma literatura menor de garagem, queria agora, no entanto, poder assimilar dos fluidos etéreos e sutis em suspensão no ar, toda a sabedoria, como faziam os gregos intelectuais e lhe impressionar com uma ode de amor.

Ambicionava ter toda a destreza para juntar frases e combinações de palavras que tivessem a força e a contundência necessárias para excitar sua mente, arrancar de você, surpresa e um franzir de testa e arregalar de olhos, como se dissesse:

-Nossa, criei meu autor preferido!

Então, descubro as razões por senti-la tão frágil e distante, pois, a formatei assim, exatamente, para poder apagá-la sem muita borracha do esquecimento.


Enganei-me, pois esta é uma improbabilidade confessa, por saber que um palhaço escrevedor de textos chulos, não poderia e não deveria alvoroçar-se em desejar ser a estrela maior da trupe circense, como se fosse aquele hábil trapezista, com seus admiráveis saltos triplos e mortais, a cada nova apresentação das suas performances.

Isso sou eu – ora, um pretensioso fanfarrão!- que sequer saberia acrescentar nenhuma palavra mais criativa, nenhum pensamento menos comum, ou qualquer outro sentimento menos piegas para lhe dizer que sinto algo que é comum a todos os seres humanos, palhaços ou não.

Exatamente.

E mesmo que apresentasse toda a minha obra literária em um folheto esfrangalhado e impresso em papel-jornal, timidamente exibido nas mãos do apresentador circense, trajando aquele amarrotado e antiqüíssimo smoking preto desbotado que, no meio do picadeiro gritasse, para nenhum espectador presente, inflando desnecessariamente, a jugular e gritando:

-Respeitável público, passaremos agora a leitura do texto do palhaço que sente: Saudade!

Quem pagaria ingresso para assistir a espetáculo tão pífio, de um palhaço que ao invés de cumprir sua missão de fazer graça, quisesse transmutar sua performance?

Quem?

Daí a plena certeza da minha improbabilidade confessa, em tê-la!

FOI NO CORAÇÃO DO RIO DE JANEIRO.








Duas obras estavam sendo executadas no prédio que desabou.


Elas não estavam registradas no CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA DO RIO DE JANEIRO -CREA.



Isso aconteceu exatamente no coração do Rio de Janeiro, em três edificios atrás do Teatro Municipal, ou seja, não poderia ser mais explícita a localização que todo carioca e talvez a maioria dos brasileiros conheça e milhões por ali já tenham passado.



Detalhe: Só a Prefeitura do município do Rio de Janeiro desconhecia o local, nem sabia que ali no primeiro edificio a desmoronar, em três andares diferentes havia obra criminosamente executada por vândalos,com certeza sob a vista grossa da fiscalização e cujo saldo irresponsável de mortes, será de no minino, vinte e cinco inocentes trabalhadores, estudantes e cidadãos que ali ainda estavam.




Se esta tragédia tivesse acontecido no horário de expediente, o número de mortos daqueles que estariam nos edificios e circulando na calçada, seria aterrador!



E para culminar, afirmamos aqui a mais tenebrosa verdade:



NINGUÉM IRÁ PARA A CADEIA!!!



Querem apostar?




Por Paulo Tamburro.



RECADO QUE NÃO DEI ANTES.





Como a maioria do homens pensam e pedem, eu jamais exigí que você que fosse uma dama na sala e uma puta na cama.


Até porque, não acho que nenhuma mulher devesse ser tantas a mais do que já são, porém fiquei muito decepcionado pelo fato de você há muitos anos atrás -e que bom que já passou- não ter percebido que para um homem, fidelidade conjugal é o primeiro passo para a sua impotência sexual .


Nunca quis dama ou puta dentro da nossa ex-casa e assim, como todo homem e de forma egoista sim, mas autêntica ,eu sempre preferi a minha felicidade ao meu modo,ao modo que aprendi e sempre achei que aquela era a única forma de lhe poder fazer feliz, também.



O amor entre um casal no qual o homem se sente castrado é , absolutamente irrealizável.


O resto é fantasia e conversinha de botequim ou cabeleireiro.



Por Paulo Tamburro

CURTO E GROSSO!



É o seguinte :Esse negócio de amor que fica indo, fica vindo, que não ata , nem desata,muito problema para pouco prazer, com certeza, pode chutar que é macumba!


Por Paulo Tamburro

PROPOSTA PARA ACABAR COM A GUERRAS.




Sempre achei que as guerras deveriam ser resolvidas e pessoalmente,pelos presidentes dos países beligerantes, única e exclusivamente.
À moda antiga,duelo a céu aberto e quem sobrevivesse, daria ao seu país a vitória, e ao mundo, uma rara lição de valentia e fé nos seus propósitos de legítimos ideais patrióticos poupando, desta forma ,seus cidadãos inocentes a morrer por ele nas frentes de batalha.Tenho certeza que as guerras acabariam e o diálogo seria sempre o caminho “mais inteligente e politicamente correto”, a ser adotado, apesar do empobrecimento explosivo da indústria de material bélico e daquela horda de assessores políticos que cercam os primeiros mandatários e enchem os bolsos com aquelas trinta e malditas moedas, a cada novo conflito mundial.






Por Paulo Tamburro

UM ESTUPRO TELEVISIVO.



Não falta mais nada.



Programa de reality show ensina agora, como criar hediondos constrangimentos para as mulheres, violando-as através do coito forçado, atitude ignóbil,detestável e dignas de marginas travestidos de partipantes de programas de televisão.



E o pior , a culpa deles é a culpa da emissora que veicula esta podridão,conduta fétida dos covardes que sequer possuem argumentos para tê-las sexualmente e de comum acordo.



Desculpe Clarice Lispector, Caio Fernado Abreu, Monteiro Lobato, Machado de Assis, Jorge Amado,Paulo Coelho e vocês outros, milhares de escritores que regaram nossos jardins da cultura nacional.



Agora, a televisão, não tem quem escreva mais nada de interessante, apenas acha-se no direito de jogar merda na cara da inteligência dos brasileiros e tentar impôr os valores éticos e morais das vidas deles, para todos nós.





Por Paulo Tamburro.










REAGE CARA !!!


Nome completo
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho

Nascimento
12 de abril de 1931 , 80 ANOS

Natural
Maranguape (CE), Brasil

Ocupação
Humorista, ator, radialista, diretor, poeta, escritor e pintor

Principais trabalhos
TODOS NO HUMOR NACIONAL.




ISSO QUE VOCÊ ESTA FAZENDO NÃO TEM GRAÇA NENHUMA.



LOGO VOCÊ CHICO ANYSIO, CHEIO DE COMPETÊNCIA, ABENÇOADO PELA



UNÂNIMIDADE NACIONAL DE RESPEITO E ACEITAÇÃO POR SEU



EXTRAORDINÀRIO CARISMA E VALOR ARTÍSTICO INCONTESTÁVEL.



ENTÃO CHICO, REAGE AÍ CARA, BRINCA ASSIM NÃO!




AINDA ESTA FALTANDO MUITA PIADA, MUITO HUMOR DE QUALIDADE.




MUITA ALEGRIA, MUITA VIDA .



VIDA ESSA QUE AGORA LHE AMEAÇA.



VAI DEIXAR, MEU IRMÃO?



REAGE CARA!


Por Paulo Tamburro

ALGUMAS DAS GRANDES INTERROGAÇÕES DE TODOS NÓS?





-O político é ladrão, ou o eleitor brasileiro conivente,aproveitador e que só vota preferencialmente, em quem vai arrumar também a "sua" vida ?



-O tráfico de drogas sobreveria sem consumidores? Então, porque o traficante é colocado na cadeia e o consumidor, sempre considerado um carente, infeliz e doentinho, nunca é severamente penalizado, também?


-A lei que proibe palmada nos filhos esta se metendo na bunda que não é chamada?


-Se o aborto não é um assassinato para os seus defensores,fora das situações previstas e permitidas na lei, então porque a constituição brasileira se preocupou em criá-las?


Então explica só o seguinte: Quando exigimos a indispensável sáude e educação para o povo, por estarem garantidas por leis constitucionais brasileiras,estamos falando desta mesma que disciplina o aborto ou da constituição de Saturno?



Por Paulo Tamburro




CRITICAR É PRECISO?



Aprendi a ver a vida de uma forma tão crítica que às vezes temo que Deus possa estar pensando que eu queira ocupar o lugar dele.


Por Paulo Tamburro

DESCOMPLICANDO.





Pouco importa as formas de literatura que você use para dizer que me ama.



Nunca pense que as palavras terão, por exemplo, nenhum valor mais significativo do que aquela sua atitude, e que só você sabe fazer, com aquela cara bem sacana, de abrir o zíper do meu jeans vagarosamente, mostrando-me a ponta da língua.






Por Paulo Tamburro

SIMPLES,ASSIM!




Um homem ama verdadeiramente uma mulher sempre que, ao invés de desejar-lhe somente as coxas e os seus entornos, sente-se alegre como uma criança, em poder olhar dentro dos seus olhos e aí sim, vê-la desta forma, em toda sua completude.




Por Paulo Tamburro

NÃO SOU PALHAÇO



Nunca quis ser palhaço, apenas aceitei o primeiro emprego que me apareceu.
Como você não tinha outro, resolvi manter-me no seu picadeiro o tempo que pude.
Depois , ao descobri que você apenas colecionava palhaços, lavei meu rosto com a própria água impura da sua insensibilidade e resolvi ser domador de leoas.
Desta forma continuo no circo da vida, mas agora, menos vulnerável.
Mas esta perdoada. Eu adoro bancar a vitima,mesmo!
Sou assim.



Por Paulo Tamburro