CONTRADIÇÃO.

                                                    



Tudo aquilo que acontece com a gente são as coisas mais importantes do mundo, afinal foi com a gente e, nós somos a nossa melhor companhia.
No outro nós respeitamos a dor, a ausência, os desencontros e a isto chamamos solidariedade, mas em nós,sentimos,vivenciamos,
curtimos cada minuto das coisas que dilaceram, apoquentam, colocam à prova nossa coragem, insultam a ordem natural da felicidade que lutamos para preservar, por esta razão quando é com a gente o buraco é muito mais embaixo!
Nada mais humano, natural do que este cheiro absoluto e definitivamente atávico de sobrevivência e que, nos instiga à luta, mexe e remexe tudo por dentro, e na escuridão daqueles momentâneos sofrimentos nos leva a acendermos os nossos derradeiros e poderosos refletores.
Eles irão consumir a energia estocada em nós e com a qual responderemos à altura as agressões que a vida nos faz.
Ilumina-se então o novo palco da vida no qual colocaremos todos os nossos personagens e seus textos elaborados durante todos os anos, até chegarmos ali.
E musica também, tem! E tem balé mágico com sapatilhas douradas, contrariando as brancas de sempre, afinal agora é tudo ou nada, sem mesmices!
De repente a platéia se levanta. Aplausos demorados. Alguém nas cadeiras do meio grita: Bravo!
Pronto ganhamos mais uma, é a volta por cima, encontramos as forças necessárias, nem demos a menor bola para o azar, viramos a cara e definitivamente para o destino, fizemos a curva, encontramos o atalho, desempenho grandioso, digno de um grande final do majestoso Cirque du Soleil e, ainda não foi a vez da encenação final da morte do cisne.
Essa retomada das forças vitais, do controle que podemos exercer sobre as agressões inevitáveis da vida ao passar dos anos das nossas existências, por mais contraditório que possa parecer, nos vem dos exemplos que identificamos e refletimos sobre aquilo que os outros estão passando,sofrendo, e convivendo.
É olhando para frente que buscamos novos amanhãs nos horizontes da vida, porém nunca duvide que é olhando para o lado que vemos os mais definitivos exemplos.
Olhar para o lado está muito mais próximo, a distância é muito menor, ficamos cara a cara com a verdade, descobrimos que é da fraqueza que o outro padece que, nos fortalece a combatividade.
É no outro e suas mazelas que, as nossas encontram o diálogo certo para temos conosco mesmos, e assim, verificarmos que, se em nós as dores são sempre as mais importantes e não nos outros, mas é na deles que renascemos em lúcidas transcendências para continuarmos de pé.
É exatamente, como se todos os dias vivêssemos reclamando que não temos muitos sapatos e ao olhar para o lado víssemos que,o outro não tinha as pernas. 

QUANDO ME FIZ HOMEM, CHOVIA.





Lembro que, como um todo, meu corpo já não era mais o de uma criança.Agora já não preferia mais a exclusiva amizade de meninos.Queria as meninas,conversar e tocar nelas, sentindo a diferença da maciez da sua pele em relação a minha.De forma demorada percorria o contorno dos seus olhos, o volume daqueles cabelos,e fazia um ponto de parada obrigatória nas suas bocas.Isto me excitava.Impreterivelmente.Os lábios delas pareciam estar sempre,convidando os meus.Os via entreabertos e molhados.Era a boca  dos meus desejos.Ali começava o corpo de uma mulher.E tinha a certeza de que os desejava por impulsos incontroláveis de força interna que explodia,avermelhava meu rosto,queimava a ponta das minhas orelhas,acelerava minhas batidas cardíacas.Era tudo muito novo.E o novo amedronta.Minha vida agora seria diferente daquela que brincava sob o reinado infantil.Acabara minha inocência. Olhava para os ventres delas e pensava como nós tínhamos o poder.De nós dois, mas um viveria.Uma irresponsável euforia que me arremessaria sobre corpos ávidos daquilo que eu desejava, também.Era um adulto.Quando eu me fiz homem, chovia.Eram as minhas próprias lágrimas que molhavam o chão da minha vida.E escorregando aqui e ali,acabei conhecendo o amor de uma mulher.Era mais do que uma boca, um ventre.O amor de uma mulher seria a minha própria vida.Então morri muitas vezes.E sempre que renascia, nem me lembrava do tombo anterior.Assim foi e continua sendo até agora.Mas,neste momento,parece que não é só uma chuva que se aproxima,mas talvez as intensas águas de um derradeiro temporal.

SOBRE A SUA AUSÊNCIA E O ADÁGIO DE ALBINONI.

                   

Não é possível que nós seres humanos tenhamos a sábia capacidade de elencar com eficácia presumível e desejável as nossas mais desejáveis prioridades, aquelas que nos trariam o conforto de uma viagem em primeira classe no transatlântico de alto luxo das nossas existênciais expectativas afetivas.
Como são nossas, são sempre as mais importantes. Como são nossas as de ninguém as supera, e se falamos da ausência do ser amado,então nada faz o chão tremer tanto sob os nossos pés.
Ausência é um chá amargo com gosto de xícara mal lavada, de aspecto turvo e intragável,do primeiro ao último gole.
Parece que estamos sobrevoando em um precário aviãozinho de última categoria, um imenso deserto e de olhos atentos ficamos inquietos na cabine à procura de algo que não seja areia, e quando aparece lá embaixo um verdejante oásis, com água e árvores imensas de sombra, é somente mais uma miragem.
Isto significa que teremos que sobrevoar mais tempo, ir mais além, percorrer muitos mais dias, esperar por novas possibilidades menos angustiantes.
E ao esperarmos, fazemos figa e tentamos aprender novas fórmulas salvadoras em qualquer cadinho de bruxo experiente ou quem sabe, com um bom e caridoso gnomo amigo.
Afinal, a missão deles na Terra é sempre guardar e amar árvores e jardins e se deles,então conseguimos aquela esperada poção mágica, você que nasceu flor, jamais irá morrer em meu coração.
É possível que nada disso aconteça ou nada seja mais forte do que sua desnecessária ausência, e aquele transatlântico de luxo vire canoa e afunde, o chá amargo se transforme definitivamente em fel, o aviãozinho entre em pane e se espatife em queda desgovernada, os gnomos abandonem irresponsavelmente os jardins e os ventos contrários se tornem vendavais destruidores de todas as construções afetivas que erguemos.
Perdido então neste labirinto do qual nem o mitológico Minotauro grego conseguiria sair, de repente e de forma inusitada, faz-se uma calmaria, um silêncio incomum paira por todos os lados e a música que ouço é o Adágio de Albinoni.
Então, a cada nota musical vejo você representada, em dança leve nos passos de um balé mágico, correndo em minha direção, sôfrega, mas determinada, querendo me abraçar.
Uma grande orquestra sustenta em mim aquela fantasia inesquecível da sua presença e, os movimentos de bemóis e oboés de sons vigorosos agora abraçam os nossos abraços, os corpos dos instrumentos entrelaçam-se aos nossos corpos e posso ouvir sua voz balbuciando seguidamente em meu ouvido: Eu te amo!
Fico sem saber se aquilo foi uma fantasia ou realidade,se estávamos juntos mesmo ou apenas, mais uma vez, de passagem.
Seja como for, nem quero pensar em provocar novas ausências e, nada será mais definitivo para mim do que aquilo que meus ouvidos escutaram e saído da sua boca.
Eu não podia estar sonhando!


PS- CLIQUE NO LINK ABAIXO E OUÇA O ADÁGIO DE ALBINONI, POIS , SÃO SEIS MINUTOS E VINTE E SETE SEGUNDOS DE UMA ETERNA PRESENÇA DE BELEZA.
ORQUESTRA: ADRÉ RIEU.
COMPOSIÇÃO :TOMASO G. ALBINONI.
http://www.youtube.com/watch?v=BKJNcN89RMc

VIOLÊNCIA AGORA, É BIJUTERIA BARATA DOS CAMELÔS DA CRUELDADE.

                    


Adorno sem nenhum valor, bugiganga e quinquilharia descartável, custo financeiro mínimo que, enfeita e substitui as jóias raras, inacessíveis aos que não podem comprar safiras, diamantes, topázios em anéis, pulseiras ou gargantilhas de custo elevado.
Atualmente, são muito usadas e disseminadas em todo o mundo, mercadorias fácil de encontrar em cada esquina, amontoam-se às centenas em modelos variados de todas as cores, formas e aparências, nos tabuleiros dos camelôs da vida.
Quem as comercializam,porém, são honestos trabalhadores da economia informal.
No entanto,nisso se transformou também, e lamentavelmente, a violência como se estivessem disponíveis nas barracas expostas dos marginais da intolerância social pelas ruas, becos, praças e qualquer lugar das nossas cidades como mercadoria barata e que,usa as vidas humanas como metal, sem nenhum valor.
A violência tem sido assustadora, indiscriminada, banalizou-se e ficou tão democrática que, qualquer um, pode ser vitima dela, até mesmo dentro das suas próprias casas.
Todos somos reféns de uma bala perdida ou um assaltante imbecil e desumano que, após levar a carteira, tira também a vida do incauto, afinal, nestes tempos, no qual vivemos não basta fazer apenas um mal é necessário ser cruel.
Quando um leão abate um cordeiro, uma águia devora uma carcaça, os ursos saboreiam o salmão, isto faz parte da cadeia alimentar, é a lei da sobrevivência, os mais aptos continuam.
Porém, na vida animal, só se mata para comer.
Diferentemente, os seres humanos fazem turismo de caça, derrubam com suas potentes armas um imenso paquiderme, pela simples alegria de verem elefantes de várias toneladas ruírem por terra e ali deixados como carniças, a troco de nada, apenas um esporte.
O ser humano é o único animal, que mata o outro irracional por diletantismo, prazer,diversão, esporte, sem nenhuma necessidade e premeditadamente.
Entre nós, os chamados civilizados, um mata o outro, por alguma razão ou sem razão nenhuma, às vezes apenas porque o assaltado se assustou e faz um movimento mais brusco.
Quadrilhas armadas entram em edifícios de apartamentos, já transformadas em verdadeiras jaulas com uma variedade imensa de segurança e parafernália tecnológica de proteção que, no entanto, não impede nunca a fúria de quem entra e arrasta tudo que pode.
Se a própria violência interna do homem que, transborda como oceano volumoso não fosse o suficiente, ela agora é estimulada por imensas e destruidoras ondas de variadas drogas malditas desde as mais sofisticadas, até esta desgraça do Crack, vendida em pedrinhas malditas que, em pouco tempo, transformam um ser humano em lixo urbano, verdadeiros vodus ambulantes, um autentico filme de terror!
Gostaria de estar comentando sobre a imensidão de um céu azul, a graça de um bebezinho banguela, a beleza de um lírio do campo, o sorriso de uma mulher, dos vôos inocentes das borboletas, sobre o beija-flor, mas desculpe, a insanidade da violência humana está destruindo isso tudo.
Então, vou ficar lhes devendo!

A PERCEPÇÃO DA REALIDADE.

                 


Imagine que você seja de um mundo no qual só existam, pontos e linhas retas.
Uma noite você tem um sonho no qual aparece um circulo.
Acorda dizendo que, teve um pesadelo!
Nós só decodificamos, entendemos ou percebemos os elementos existenciais que fazem parte do nosso mundo intelectivo e da forma como fomos aculturados.
Perceba como as pessoas só descrevem extraterrestres com boca, olhos, orelhas, nariz, enfim, uma reprodução de um ser humano formatado, segundo suas impressões perceptivas do planeta terra, devidamente fantasiado de um ser do outro mundo: a cabeça é enorme, o corpo absolutamente, desproporcional, de cor verde...
Não é incomum que seres humanos, vejam uns aos outros, também desta forma.
O cantor Paulinho da Viola tem uma música que sintetiza uma bela verdade:
“A vida não é só isto que se vê, é um pouco mais, que os olhos não conseguem perceber...”
Billie Holiday canta:
“What a difference a day made, twenty-four little hours” e  traduzo só para lembrar: Que diferença um dia faz, pequenas vinte e quatro horas!
Veja que, em ambos os casos decreta-se a morte da permanência, da mesmice, dos sistemas fechados de ver a vida.
Nem tudo que consideramos o modo correto de ver o mundo e as coisas, é verdadeiro afinal, o outro, aqui para nós, também pensa!
O que estou falando é sobre a imponderabilidade dos sentimentos humanos, suas contínuas mutações e, naqueles ambos os casos, constata-se um indisfarçável convite à mudança para o novo e ao renascer.
E isto, é o que mais atemoriza o ser humano, provocam verdadeiros pesadelos existenciais. Então, algumas pessoas até se interessam mudar o comportamento de seus cachorrinhos e pagam adestradores para conter-lhes sua animalesca incapacidade comportamental de relacionar-se educadamente, com terceiros.
Aí a culpa é sempre dos outros.
E neste caso, dos irrequietos melhores amigos dos homens.
Afinal os círculos não existem para quem só convive com pontos e retas.
As águias, por exemplo, pássaros admiráveis sempre passam por uma fase das suas vidas, muito intrigante, para todos os cientistas, pois, ao sentirem que, suas penas estão caindo e suas asas perdendo o vigor, para sustentá-las em vôos altos, ela abriga-se nos topos dos rochedos e com o seu bico arranca todas as suas penas velhas.
Depois disto, dá furiosas bicadas nas pedras e destrói seu próprio bico. Semanas depois, todo seu corpo tem nova plumagem e o seu bico reaparece revigorado. Então, ela arremessa seu corpo no espaço e renasce num voo, digno de uma nova realidade.
Muitos de nós deveríamos fazer deste recomeçar da águia - seja isto fato cientifico ou inventado por mentes criativas - um novo momento mágico, único e admirável em nossas vidas.
A saudável procura de decifrar as incógnitas das nossas equações existenciais reforçara a certeza de que, a vida não é só isso que se vê, que pequenas vinte e quatro horas de um dia fazem toda a diferença.
Então, como o instinto da águia, poderemos nos expandir no infinito céu azul do renascimento, à procura de novas realidades e, pela porta da frente das nossas esperanças!



OS VÁRIOS MATIZES DA SAUDADE

                          

Quais as sutilezas de cores que predominam no matiz da sua saudade?
No todo das minhas saudades elas são muito explicitas, vigorosas, fortes e variam entre as cores maiores do carmim e, o vermelho pomposo, não admitindo nuances imperceptíveis de nenhuma tonalidade, a não ser aquelas que marcam profundamente, tudo que está agregado, aos fatos e vivencias dos momentos que passamos juntos.
Vigorosas lembranças das exageradas marcas que ficam escritas nos papiros da nossa história recente em cuneiformes de letras bordadas e que, destacam nossa plena felicidade.
Sinto assim,por força do meu temperamento, conseqüência de minha personalidade, pontos finais das minhas atitudes pródigas em relevos muito acentuados das minhas cadeias de montanhas afetivas, nas quais pelas estradas de serras íngremes que subo para lhe alcançar, são sempre muito bem sinalizadas e,por esta razão, inevitavelmente, a encontro entre o céu e a terra.
E nestes limites mágico desenha-se um horizonte sempre acolhedor, no qual eu me deleito naquele por do sol, justamente, quando a sua imagem reflete e se embaralha na cor de ouro do sol  que ele espalha e,  apesar de querendo descansar, ainda presta no final do dia, uma última reverência a você.
E muito bom sentir a vida assim, nossas lembranças e a saudade que, então me impacienta.
Sei que você trabalha com cores mais suaves, menos preponderantes nos matizes e nuances de cores do que as minhas.
Sei disso!
Somos dois, somos individualidades, elementos separados no espaço e corpos diferentes.
E por falar em corpos, o seu é meu absoluto desígnio.
Compreendo seu espanto pelo impetuoso da minha saudade, reconheço que extrapolo em adjetivos, ultrapasso medidas sensatas e usualmente, aceitas em declarações destas verdades, em geral.
Mas a minha, por ser absolutamente particular, eu consigo carregar no colo das minhas fantasias e ninar nos meus sonhos com todas as extravagâncias que, acho serem pertinentes à qualidade dos meus sentimentos.
Não é pelos matizes acentuados de expressar minha saudade que pensaria que a sua é menor, absolutamente!
São apenas diferentes!
E eu nem poderia viver sem esta sua tranquila maneira de pintar em cores de aquarelas  mais brandas a sua saudade e, peço que se acostume as  minhas exageradas,descomedidas,excessivas, copiosas e exorbitantes maneiras de senti-la, ao modo meu.
Está vendo como não tenho jeito, mesmo?
Nem precisavam tantas sinonímias para dizer que sinto saudade de você.

VARINHA DE CONDÃO.



É preciso manter o foco na vida, não desconhecer que ela é permeada de momentos  tristes, mortes, desencantos,outros tantos de expectativas, algumas muito sombrias,mas o foco deve estar na alegria que dela podemos sorver,da felicidade que é possível encontrar,acreditar no futuro sempre melhor e, jamais permitir que nossos contos de fadas cheguem à meia-noite .
Vamos manter integra a carruagem dos belos cavalos brancos e adiar ao máximo a visão indesejável da abóbora sem graça.
Nossos olhos querem céus azuis, mas poderão ver também, negras nuvens ameaçadoras, o coração prefere bater no ritmo do amor, mas,se quisermos, ele terá arritmias agudas de decepções e todo o nosso corpo saberá vibrar em ondas explicitas de realizações e belezas, mas quem duvidaria que, podemos transformá-lo num relógio sem pilha?
Manter o foco na vida é essencialmente necessário, obrigatório e desta vida,tirar dela sempre as melhores fatias deste imenso bolo de opções que nos oferecem, mas que tentam também nos oferecer, muitas das suas partes, estragadas.
Evitemos assim, as complicações digestivas, seus desarranjos
indesejáveis, a dor aguda do nosso abdômen distendido e que cresce, fica enorme pela ingestão de tantas amarguras azedas outras ácidas, enfim...
É preciso manter o foco na vida e desta vida querermos sempre o mais sutil dos encantos que, encontramos na criança banguela, no enorme pássaro cheio de cores que passa e nem sabemos o nome mas reconhecemos a sua beleza, daquele córrego mirrado de águas límpidas e que, vai se transformar em caudaloso rio e desaguar no mar das nossas melhores viagens.
Manter o foco na explosão incontida de um encontro inesperado traduzido em lágrimas de emoções incontidas, as mesmas que poderíamos ter deixado nos inevitáveis velórios da vida que, se fez inevitavelmente, morte.
É certo que não temos a varinha de condão para transformar o inevitável no adiável, a violência em ternura, a queda no corpo sempre erguido mas, também, é  verdade que se começamos a gostar dos momentos menos  felizes da vida, se perdemos o foco naquilo que transcende a dor, o sofrimento e as perdas, os ganhos passarão a ser muito menores.
Escolher o lado para o qual iremos virar a nossa cabeça pode ser a alternativa de nos acostumarmos às visões menos massacrantes e impiedosas dos nossos entornos.
Não é desconhecer, mas simplesmente optar.
Optar por manter o foco nas melhores coisas que a vida nos oferece, apesar de sabermos que neste pacote, virá junto e misturado o lado menos colorido, a forma menos estética e aquela porção estragada que as velhas bruxas costumam nos enfiar goela adentro.
É difícil separar o joio do trigo, a terra fértil da exausta, o mar poluído daquele que se mantém integro ou optarmos por verdes esperanças ao invés do negro luto?
Lógico que é possível, questão de foco.
Mas, também amor, eu posso simplificar tudo isso que tentei expressar de forma simbólica, com todas as incoerências e inconsistências nela contidas, procurando nos atalhos fugir da estrada principal e então, abrir o verbo e berrar um grito gutural ensurdecedor para espantar meus medos: Não quero morrer!
Seja minha varinha de condão.

O TRENZINHO CAIPIRA.





                                                 
                                              in memoriam a HEITOR VILLA LOBOS e à dignidade nacional.



Sou pequeno demais cara, sou do trem que passou ,da nuvem que choveu e escorreu, sou passado, dizem que estou por fora e nem sei!
Sou desse trem Brasil pelo qual lutei, inflamado e caía cansado, sem fôlego mais orgulhoso, vendo rodar acima de mim um céu e sentia-me embalado num trenzinho caipira enfumaçando minha visão com irreais perspectivas de um mundo que, queria transformar, fazer maior e dar aos menores e pequeninos corações que, pululavam em volta,minha mão estendida, minha cota de luta.
Eu era, e continuo sendo cara, essa mesma cara de um mero trenzinho caipira de ideologias para muitos de fachada  e, amor por  esta nação escancarado, amor incondicional, sem pejo nem pudor, intransigente e apesar dos pesares, que se dane se não somos perfeitos.
Meu amor é,isso basta!
Pois, foi  nesta terra com cheiro de mato verde que nossos filhos foram paridos por esta nação-mãe linda de encantos mil salve, salve,desta placenta que arrebentou e estão aí todos os rebentos!
Foi aqui que nossos pais nasceram e agora adubam a terra da qual mágicas flores brotam  e aspergem suas saudades em flores de diversos perfumes de matizes verde e amarelo, copiando as matas e o ouro, nos quais me delicio, muito menos que os nossos colonizadores o fizeram.
Faz parte! Foi assim!Façamos agora, melhor!
Foi aqui que lutei, apanhei nas praças , nas ruas , nos comícios, contra a mão de ferro, contra a ditadura, contra os indesejáveis.
Passou!
Foi aqui que comi o pão que o diabo amassou e amassei a cara do diabo vendido por poucas moedas ao espetaculoso, mentiroso,falso e conveniente mundo lá de fora que, sem eira nem beira explora, "civiliza",impõe regras e jeans, abarrota de quinquilharias e bugigangas  nossas  esperanças de sermos tão explosivos e capitalistas quanto as bombas de Hiroshima e Nagasaki foram e deram, naquela bolsa de valores de ações hediondas, o recado àqueles que tem cabeça para pensar com medo que, eles façam novamente conosco.
Coragem!
Nem quero ser eles, não me importo como eles falam ,seus hábitos e costumes,hamburgers e gordura, falência de corações e de veias entupidas.
Eu vou seguindo com meu trenzinho caipira que aos trancos e nos barrancos quase encostando na minha janela do vagão de madeira,compassado nas memorias dos meus pais, meus irmãos, avós, minhas tias ,  meus antigos sobrados, das festas,do vinho.
Quero a locomotiva antiga, descartada pela modernidade que, entope as ruas e inferniza a vida de quem tem que trabalhar para ganhar poucas moedas, por esta razão continuo sendo cheiro de carvão Maria Fumaça, sou brasileiro sim e daí?
E sabe quem está comigo além das lembranças dos meus antepassados desta minha vida vivida?
Estou com Heitor Villa Lobos, estou com a imagem dos meus avós na cabeça, dos afagos eternos da minha querida mãe dos olhos verdes a Diva que, a vida me deu e, o dedo em riste sábio do meu pai Orlando que, rolava e desenrolava tudo o que desse e para o qual viesse, em minha defesa.
Vivo abraçado a linha de ferro e as pontes eternas que ligavam a esperança ao caráter de um povo que naquela época era pobre, hoje somos ricos, a sétima economia do mundo, e temos muito mais, porém, falta colocar ainda muitas coisas nos trilhos.
E daí, também faz parte!
Faça a parte que lhe cabe.
Mas, não me negue em vida, apesar da bruma,cerração e nevoeiro,continuar a ser este eterno Trenzinho caipira.
É nesse trem que estão todos aqueles que eu mais amo na minha vida!



PS. Não deixem de clicar neste link abaixo e ver as imagens, escutar uma obra imortal pois,do contrário, nada continuará a fazer sentido:

http://www.youtube.com/watch?v=DC8oFe5bkeY

HEITOR VILLA LOBOS

AFINAL , ESTE TAL DO AMOR!


                                         

Quantos já passaram por esta vida que, ainda nos permite estarmos habitando nela, e jamais souberam definir esta mágica apoteose dos nossos sentimentos que é o amor?
Verdade!
A razão é sempre complexa, exatamente como aquele emaranhado de raízes que se encontram e se juntam, se aglomeram e se cruzam debaixo da terra, umas trançando-se com as outras, porém cada uma delas pertencendo a uma árvore distinta que, precisa sobreviver.
Todas têm que manter a vida pela absorção de nutrientes para aquilo que, lá por cima é encantador e com tantos matizes diferenciados de verdes que, atraem os pássaros onde os seus ninhos profetizam que, suas espécies continuarão a ser perpetuadas
Onde o amor busca tanta energia?
Talvez para responder a isso, tenhamos que explicar a existência da dor, do ódio, da infelicidade, enfim, dos seus contumazes opostos.
Neles o que encontramos expostos nas lâminas e através dos nossos microscópios de análises laboratoriais, são moléculas da inconcretude, com perda evidente de massa tecidual, fragilizadas na forma e conteúdo, indicando sofreguidão e possibilidade iminente de gerarem muitos outros transtornos na vida sentimental daquele corpo que as hospeda.
Células sem nutrientes!
Coloquemos agora para análise outra lâmina com aglomerados intensos das partículas do amor.
Soltará aos olhos um colorido vibrante e permeado de multifacetadas nesgas de intensos desejos esperançosos a serem alcançados, risos incontidos, vontade de ouvir e de falar, compreender e ser compreendido, conhecer e ser cada vez mais conhecido, trocar, negociar e lutar juntos, acreditando sempre que, na força unida de dois, as esperanças de alcançar objetivos irão sempre superar, a solitária presença de um só.
Mas, será que o amor é só isso?
Não claro que não, pois amor não se explica em palavras, nenhum dicionário contempla a sua definição através da fria metodologia léxica ou morfologia da sua composição.
Ele transcende ao comum, pois, é extremamente singular e não é menor em tamanho, não tem como ser medido em metros ou quilômetros, pois o amor é luz, energia que escapa para o infinito dos universos afetivos de todos nós e, só o coração pode sentir e dimensionar as vibrações da sua grandiosidade.
Espetáculo de rara beleza humana, momento maior de um grande final de uma maravilhosa e sempre deslumbrante apresentação, do Cirque Du Soleil.
No palco da vida entre bailarinas e competentes atores, o amor evidencia-se no saltitar correto da coreografia consagrada pelo tempo e, nos corpos ensaiados à exaustão, verdadeiros malabares humanos a se jogarem daqui para ali com a responsabilidade maior de não poderem cair.
Os seus textos não admitem inflexões erradas de atores inábeis ou cacos desnecessários que, alterem seu conteúdo original, afinal uma platéia está pagando para ver.
Este público merece o nosso melhor!
Fica então, e mais uma vez a lembrança para que façamos continuadamente exames laboratoriais do amor, como a única forma profilática de impedir a proliferação de corpos estranhos em meio a ele.
É preciso cuidar!
Afinal, cuidando-se você estará preservando, um bem maior da humanidade que, espera ser invadida e diariamente contaminada, não pela dor, ódio ou infelicidade, mas sim, pelo amor que viceja dentro de você.
E para sobreviver, as suas raízes deverão estar sempre muito bem oxigenadas

OPÇÃO.

                                                     


Antes de conhecer já lhe sentia e, foi este presságio etéreo, confuso, instigante, mas determinado que, a fez tornar-se real aos meus olhos.
Chegou pronta e já esculpida em pedra rara saída das incandescentes lavas do meu vulcão interior, certo da possibilidade do encontro com a sua concretude inesperada.
Valeram os sonhos, sempre soube disso, pois eles eram a premonição mágica do que não se vê, mas, no entanto, sabemos que existe, pois, este é o principio transcendente dos mistérios da fé.
Certeza que excitava, arremessava rumo ao infinitos anos luz, de galáxias adentro e afinal, era um universo que, se resumia em você.
Útero infinito e acolhedor de mim nesta placenta que gestava nossos futuros, diferente do meteoro que eu era antes, vagando em espaços vazios, vácuos sem sentimentos ou emoções, agora, no entanto, amalgamado em fusão consentida nas superfícies da sua pele morena, lisa, generosa de odor extasiante de suores proféticos que, convidavam inevitavelmente a gozos inadiáveis.
Não impus nenhuma resistência, deixei crescer em latejar gritante, minha ânsia de possuí-la.
Então, esbugalharam-se os seus olhos, inundou-se o seu rosto de olhar inconfundível em acenos ao prazer.
Olhos que reviravam a cada novo pulsar de mim dentro das suas recônditas, íntimas e pudicas profundezas, aquilo que sempre busquei e precisava encontrar nos seus pontos finais.
Restaram então, as respirações ofegantes, agora em sôfregos descompassos, depois de alucinados ritmos de volúpia e saciedade.
Fastio momentâneo, mas sem tédio.
A imagem é a de peito com peito e corações colados, reverberando solidários os sinais estertores daquela deliciosa viagem de conquistas recompensadas por gáudios, regozijos e regalos. 
E retornando a consciência, vejo seu corpo exibir marcas vermelhas, conseqüência de minha irrefreável necessidade de conviver com todas as suas partes disponíveis, mas, por vezes, sem controle no tato.
A tentativa derradeira, no entanto é de não deixá-la partir, após tanto ter ficado.
Não é justo, mas é necessário e você sempre tem que partir.
Das nossas vidas, estas são as repercussões que menos admiro.
Possuída, mas sem perenidade!
Fica, no entanto, um campo minado pela sua lembrança em vastas extensões cultivadas por imensos trigais afetivos que, eu ainda tenho para debulhar.
Vastas e intensas plantações que ocupam esperançosos vales, emolduradas por cadeias de montanhas sinuosas e azuis que, ainda preciso conquistar, além dos muitos rios a navegar, tantos céus ainda, para voar até encontrar um dia, finalmente, a mansidão eterna de um lago que nos oferecera água tépida, cantos de pássaros em seu entorno, sombra confortável da copa de uma árvore acolhedora e, mais nenhum vestígio de solidão.
Passaram-se os medos, mas persistem, as anunciadas outras tantas improbabilidades.
Engulo a emoção e o choro, afasto ansiedades, reformulo outras tantas expectativas inalcançáveis, como a única forma de manter-me vivo e junto a você.
É assim?
Então, será!

MOVIMENTO CERTO.

                                               
A cada nuance de luz, cor, som, alegria, felicidade, encontro com a dança da vida em qualquer palco e, com textos em qualquer idioma é possível viver sim, sem atritar.
Acredite que aqueles que já se foram deixaram histórias, vidas escritas, alguns belos romances inacabados, outros tragicomédias e, ainda, os que nem conseguiram deixar nada de mais significativo.
Foram!
Nós, no entanto permanecemos aqui e dizendo presente, lutando com cada chance de sobrevivência possível, guerreiros que somos da motivação maior de não nos despedirmos tão cedo deste calor do sol ou da magia de uma imagem noturna de estrelas cadentes varrendo o céu.
Tudo será mais fácil, no entanto, de mãos dadas.
Mãos dadas é o código do momento, a chave do comportamento teimoso que insiste em acreditar que, querer amar é transcender, uma cambalhota necessária, um salto triplo providencial no picadeiro deste circo existencial, cujas lonas apesar de usadas, estão integras, sem furos, vazamentos e ainda não tiram as pinturas da cara do palhaço em dias chuvosos, o que seria um constrangimento para a continuidade do espetáculo.
Palcos da vida e suas melhores imagens que, preferimos ver contracenando lá em cima e com os textos das nossas esperanças , planos que traçamos mas que, ainda não encontraram em nós, os melhores protagonistas.
As razões explicitas, as forças e motivações você as encontrará em cada momento melódico, na harmonia coerente,no verso que tocará seu coração de uma letra musical saída das articulações vocais e gestuais de um grande artista e muito mais competentes do que eu mas,somente nas suas fantasias.
É possível que, então temeroso pela concorrência eu não venha mais a desafinar, mas você terá que iluminar minha atuação com as mesmas parafernálias de luzes cores e sons de multifacetadas possibilidades e de variadas intensidades, com as quais seu eleito mostra tanta desenvoltura.
Vou procurar então, não atritar.
E se você conseguir, transformar tudo isso em apenas sussurros de uma nova realidade aguce a percepção dos seus ouvidos e, com voz rouca e quente estarei por aí chegando apesar, de ter a consciência de que todos os ingressos para este espetáculo estão esgotados.
Não importa, vou pular o muro.
Cuide dos seus ouvidos e ignore os muros.
Pois, se puder escutar, ouvir e me entender, apesar de não ter uma voz e presença tão superlativa quanto a do seu eleito, quem sabe nós possamos acordar amanhã e graças às poucas vinte e quatro horas mágicas de superação deste intervalo,novamente,ungidos pelo amor.
Se bruxos, anjos, gnomos e duendes estiverem a nosso favor, bota fé de que, da terra que você irá pisar, das luzes que lhe encantarão, dos sons que vão lhe alegrar, tudo estará sinalizando para um ponto do espetáculo, cuja imagem, será as das mãos dadas.
Slides de novos planos!
Uma delas será a minha e espero que, a outra seja a sua.
Isto porque, além das mãos, seus pés sempre souberam usar as sapatilhas de um balé correto em outros tantos palcos, não desaponte agora sua platéia e, faça o movimento certo.

CARA DE SETEMBRO.

PRIMAVERA, DO PINTOR IMPRESSIONISTA MONET.



Chegou!
Setembro enseja movimento, transformações, mudanças e aperfeiçoamentos.
É quando o vento se torna agradável de sentir, morno, envolvendo com conforto os corpos, atiçando beijos suaves em bocas desejadas e bem demorados, como prenuncio mágico do equinócio que, virá também acariciar, quando o sol de paixões cruzar o equador, de todas as mais plenas fantasias e, sentidos latentes.
Um mês de superlativas sensibilidades, pois, explode de excitações a natureza em floradas com tantas e variadas matizes de cores, tornando explícitas e diversificadas novas esperanças, outros modos, outras formas de conviver e de renovadas realidades.
E neste extasiante imaginário arco-íris de vontades e intenções renovadas que, somos chamados para aprimorar, lapidar, burilar e tornar mais confortáveis, novas emoções requintadas cujo ponto final é o equilíbrio.
Verdade!
Uma crença antiga diz que, na lua de setembro estão escondidas todas as coisas perdidas na Terra. Por isso, quem olhar para a Lua Crescente deste mês, poderá pedir de volta algo que perdeu, esteja perdendo ou não quer perder.
Peça também, pois não custa nada olhar para o céu e contemplar no infinito mundo quem nem imaginamos o inicio e fim, com tantos sinais luminosos de generosas estrelas, astros e cometas, acenando para a menina que é você, através da menina dos seus olhos.
E se chover no dia seguinte, você foi atendida.
Então sentirá na sua pele, encrespada por desejos, a umidade da voz rouca do céu sussurrando dentro do seu ouvido, palavras com ardentes propósitos sob a aprovação de anjos, sejam arcanjos, serafins ou querubins ungidos.
Entregue-se então, aos intensos prazeres!
E quem sabe, nesta onda favorável, eu possa a ser convidado - por estar cada vez mais encantado com este nobre edifício das artes e impressões do virtuoso Monet - um dia, visitar o apartamento mais desejado das minhas improváveis excentricidades, afinal só falta este trezentos e dois, já que, dos trezentos e um, e trezentos e seis, guardo eternas e inesquecíveis lembranças de quadros pintados em noitadas de cores, inesquecíveis.
Desnudemos as incertezas, vamos botar fé no hoje, convidar a realidade para um grande bailar no amplo salão de todas as melodiosas harmonias e sem querer, ser um indivíduo cabotino destes que, procuram chamar atenção ostentando qualidades reais ou fictícias, mas, rogo que você confesse com a sua boca que, eu até podia ter nascido do seu ventre.
Questão das infinitas probabilidades!
Não nasci, portanto, nunca será incestuoso o nosso amor. E não é lindo amar assim, sem garrotes, amarras, deixando nossas indecências fluírem, os gozos se tornarem fluídos, os prazeres não terem medidas, podendo ser descabidas o quanto quisermos?
Setembro tem cara de virgem, intenso, reluzente do ouro que podemos minerar, eu em gruta de acesso desejado, você com mecanismos outros que, elevem e mantenha os fôlegos, preparado para o que der e vier.
Se vier, dando, será então um setembro de fazer inveja aos mais dedicados artistas do teatro grego que, precisavam de suas mascaras para se transformarem a cada ato em novas e distintas personas e, de personalidades distintas.
Sempre marcados por performances exuberantes com tantos jeitos, traquejos, gingas, idas e vindas, nossos atos são únicos.
Não me prive de nenhum deles, antes que se feche a cortina.

NEM PRECISAVA...

                                              


Você nem precisava deixar saudade, afinal já fiquei com a suavidade da sua pele impregnada na minha, o calor dos seus abraços anteriormente, tímidos, mas depois generosos, fiquei com o gosto dos seus lábios sempre sem batom, como uma espécie de contrato entre nós para que, nos nossos beijos, nada servisse de barreira e, muito mais, o melhor de você toda, nua, despojada, entregue, ávida, em súplica.
É isto que meu coração bombeia para a minha visão do ontem 
que, na realidade e sem maiores contas de somar ou dividir, foi tão multiplicador.
E isto, da minha retina, jamais sairá!
Quando penso em você não tenho saudade, sinto é a perda, a inutilidade das suas propostas para nosso afastamento, suas desculpas compradas ali, nas lojinhas de um amor inacabado, por 1.99.
Sua falta de opção em pensar que a vida poderia ser muito mais do que uma prisão, uma mordaça, um garrote de rotinas enfadonhas de compromissos que nunca, ninguém vai reconhecer de quem foi tão abnegada autoria.
Quer que eu minta?
Acho que pisei na bola. Pisei? Tudo que eu acho, só eu acho agora, pois, há muito tempo você deixou de achar qualquer coisa. Mas, tenho a consciência tranquila, pois lembra que a primeira vez quando eu passei minhas mãos nas suas costas e perguntei o que você estava sentindo, e você disse: Nada!
Mas, aqui entre nós, como as coisas mudaram e muito rapidamente.
Lembra também que, aos poucos fui semeando novos grãos das sementes de novos prazeres em sua terra antes pouco cultivada e, já pouco tempo depois, quando minhas mãos percorriam os mesmos percursos no seu corpo,além de sentir tudo, você demonstrava querer mais, sentir mais, envolver-se mais, debruçada na nova janela de sensações e tantas novas fantasias que eu abri para você. Lembra? Confessa isso com a sua boca. Eu escancarei a cortina daquela sua janela que nunca via lá fora, a vida!
Boca essa que, foi minha em todo o meu corpo, volúpia de maestrina que como ninguém, passou, a saber, reger em mim, uma sinfonia sempre em tons maiores e exigia de mim o sussurro da minha boca, os estalos da minha boca, as contrações da minha boca, quando então, me fazia jorrar em prazer, o nosso mágico amor.
Foram tantas as paisagens, contornos de morros, cheiro de terra seca e batida, úmida e fofa, pássaros que se chegavam a você, lhe rodeavam... nunca tinha visto isso. Bruxaria?
E o lago? E o medo?E a ponte? Nossa que desassossego e que, só de mãos dadas nas minhas acalmava e, sempre estive a seu lado para isso, sempre desejei em todos os momentos isso, dar a você muito mais que minha mão, mas também, e principalmente, minha vida.
Horas intensas de conversas, papo sobre tudo e todas as coisas, fazia até inveja!
Pisei na bola? Pisei? Continuo só com a minha opinião, pois a sua é um profundo silêncio que, se precipitou no único precipício que existia em nosso caminho. Único? Espera... um ou três?
Não devíamos ir por aquele caminho, outros tantos mais confortáveis se impunham e,
de estradas mais seguramente pavimentadas de sentimentos maiores e fomos atolar justamente, na única poça d’água da estrada.
Uma ou três?
De tudo, não fica a saudade, fica sim a perda, e uma constante lembrança de uma frase entre tantas que, você disse quando reconheceu o seu erro: Quer voltar?
Imediatamente, eu disse: Sim!
Esta, no entanto, é a resposta que, você não me retribuiu agora, não sei se por uma causa, ou por causa de três!

A ARANHA E A BORBOLETA.




Certa vez uma aranha conversava com a borboleta sobre a vida e os perigos que aqueles que nos cercam, eventualmente, podem nos causar.
A aranha dizia:
-Pois é querida borboletinha,precisamos ter cuidado com as abelhas.
-Ué, qual a razão?- pergunta a borboleta evidentemente, nervosa.
-Elas atacam em enxame e são poderosas e muito irritáveis.
-Nem sabia, obrigado.
-E qualquer desses pássaros vagabundos que andam voando por aí, de uma hora para outra podem com uma simples bicada, matar impiedosamente a gente.
-Nossa, chego a ficar arrepiada só de pensar
-Pois é ,precisamos muita cautela quando escolhemos nossas amizades, nunca se sabe...
-Estou ficando preocupada, amiga aranha, eu procuro ser boazinha com todo mundo, trato meus amiguinhos muito bem para evitar brigas e confusões, pois sou de paz.
-Borboleta, você é  adorável e gosto muito de você, destas suas asas lindas e coloridas, você pode voar, encanta a todos com sua graça,beleza, transmite tranquilidade, encantas até as crianças.
-Você também, aranha.
-Não borboleta , eu sou detestada por todos,sempre pensam que sou violenta, que vou brigar,trazer problemas para todo mundo e sou muito diferente de você.
-Eu não acho, sou sua amiga, gosto muito de você e nem admito que ninguém fale mal de você perto de mim, pois a defendo sempre.
-Eu sei disse minha amiguinha.É por esta razão que preciso lhe falar uma coisa muito séria.
-O que aranha?
-Olha, querida tem um bicho por aqui querendo fazer uma maldade com você.
-É mesmo? Mas não faço mal a ninguém, quem é?
-Não posso falar alto, chega mais pertinho de mim,encosta seu corpinho na minha teia que vou falar bem baixinho no seu ouvido, quem é .
-Assim está bom?
-Está, borboletinha.A formiga saúva quer pegar você.
-É mesmo?
-Sim ela me falou, você precisa tomar muito cuidado.
-Chega mais pertinho borboleta que vou lhe dizer o que ela pensa em fazer com você.
-Mais perto ainda?
-Assim está bom ?
-Está.
-O que você está fazendo comigo, está me puxando para a sua teia e com essa cara de quem vai me fazer mal.Larga aranha, me larga somos amigas, lembra? Muito amigas. Não faça isso!
-Pois é borboleta,desculpe,mas estou com muita fome e, quando se trata da minha sobrevivência, são os que estão mais próximos que, eu sempre devoro.

NÃO CHEGARÁ A SER UM SETEMBRO NEGRO. CINZA,TALVEZ.




Nesta moderna contemporaneidade dos usos e frutos globalizados em idiomas “outros, e a língua portuguesa ofendida nas pronúncias equivocadas de “pobremas”, framenguistas”, “dois pastel”, e o escambal, a verdade, no entanto, o que eles têm que engolir, como diria Zagallo, é um fato muito simples: No Brasil, nasce brasileiro!

Então, benção painho, é "nóis" na fita, e se der carrinho por trás dentro da área é pênalti.

Brasileiro caboclo, pardo para se dizer negro, branco sem querer repudiar a completa miscigenação, índio esquecido lá atrás agora de laptop e roupa de grife, mulheres nascidas desta terra inigualável com superior inteligência, cor, sensualidade invejável e bundas a parte, pois, afinal, ninguém é de ferro.

Homem moreno, estaturas medianas, olhos iguais aos meus, aos seus, aos nossos que, tropeça sim, meio vacilão às vezes, malandro por natureza e espertezas à parte.
Todos suportam esta gente do exterior metido a colonizador, desta antiga colônia da dor que, ficou assim, com o saque do ouro, Pau-brasil, a honra dos negros escravos e estupros nas moitas dos matagais do tesão europeu em terras de Santa Cruz.
As vitimas,as índias e fez-se a fabricação de mamelucos em série, mas, já libertos no papel, sinal dos tempos, só falta agora, o tempo da vergonha na cara!

É a terra que queriam fosse maldita ao sul do equador, escândalo deste samba de raiz meio jogado às traças, desprezado por poucos, muitos, da mulata que, com graça e beleza afirma na avenida o único balé que todos compreendemos, ou seja, o deslizar em toques sutis no asfalto da cultura brasileira, espezinhada pelos nórdicos de plantão daqui e de fora, e de olho nos enfumaçados e poeirentos Rock in rio da vida.

Não do Rio do Cristo Redentor, mas vendido por poucos mil reis e à moda antiga, na corriqueira submissão cultural que, traduzida na linguagem dos nossos hermanos argentinos e donos do Papa, nos tornam verdadeiros “macaquitos”.

Somos, ou não somos?

Ah, impiedosa relação incestuosa de filhos disto ou daquilo, contra a raiz Macunaíma e sem pudor ao desprezar o Sacy pererê.
Afinal, Halloween das bruxas é o cassete, e distribuição de bala e doce por aqui é sem castigo no dia santo de dois santos: Cosme e Damião.

Coisa nossa, máfia própria, linguajar diferente só de doação, amor e brasilidade, sem foguete intercontinental de ogiva atômica, apenas crianças com cara e coração tropical, corpo suado na correria alegre.

E sendo Deus brasileiro, o derradeiro som, o que sobreviverá, será sempre dentro das nossas consciências e, com repenique de tamborim, agogô abusado,pandeiro divertido, compassado e marcado por bumbos de voz grossa, surdo, caixa e tarol em sequência de enlouquecer o sangue pátrio sem veneno de coisa de fora e, frigideira dando o tom do metal.

Metal não, das balas dos assassinatos em série que, por lá abundam, ensanguentando a escola que, por aqui é de samba.
Rock in Rio, seja bem vindo, praga bendita do turismo e traga o idioma de fora, dos nórdicos hoje, desempregados e muito economicamente caidinhos por lá, fazendo aqui uma boquinha, ganhando uma graninha, tem para todos, Brasil de braços abertos, só não venham com aquelas amarras de cabaça, pousando de maioral.

Toquem suas guitarras barulhentas, mas escuta só: Calma, menos, menos,vocês perderam,somos por estas bandas a bola da vez do capitalismo, fazer o que não é?

E nós outros, vamos entupir aquele circo de muita barulheira e muitas cabeças doidas por natureza e endoidadas por tudo que, de liquido ou sólido ingerem,cheiram,fumam e lá vem tosse, bobeira e muita tranqueira.

Não faz mal, precisando de socorro medico de urgência, aqui no Rio de Janeiro é só discar190.

Aquele circo que, quando chove enlameia, continuará Brasil, e como dizia o velho sábio da velha lapa boemia, do carioca orgulhoso: “Cara, se você ganha em real, fala português, pô”.
Não é feio não, é o idioma mágico da sua mãe, a palavra conselheira do seu pai, os textos antigos de carinhos inesquecíveis das suas avós, a maneira pela qual você aprendeu a fazer a diferença entre esperteza e traição, respeito e submissão, estas sim, as verdadeiras moedas de troca falada no idioma que, saem da alma dos habitantes desta terra em brado retumbante, risonho e límpido que, espelha essa grandeza, afinal és mãe gentil, não é pátria Brasil?


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PEDIDO A UMA ESTRELA CADENTE.




Relacionamentos afetivos são momentos,ora mais intensos,ora menos, no entanto, devem ser entendidos e respeitados como uma forma natural e que acomete todas as coisas, e não só, especificamente,ao amor.
É assim com a vida em si mesma, também, pois, existem dias que  a gente se sente o bagaço do último fruto da mangueira,um córrego muito tênue,por onde antes, um rio caudaloso nos parecia eterno,imutável,enfim.
Nas próprias vinte e quatro horas de um dia, quantos de nós pela manhã  não nos sentimos mais confortáveis, outros sentem uma sintonia maior com o por do sol que lhes atiça fortes emoções internas ou ainda, aqueles que, só à noite começam verdadeiramente,a viver toda a intensidade daquele verdadeiro dia?
Os momentos do amor não são diferentes também, do nosso desenvolvimento enquanto seres humanos que, na infância vivemos machucando os joelhos, ralando os braços e quando adultos ferimos às vezes e mais profundamente ,a alma.
São estágios diferentes de um eterno buscar adiante, melhores chances, outros momentos, sois mais claros,luas mais cheias,estrelas mais brilhantes e de preferencia as cadentes que, riscam o céu a espera de um pedido nosso,conforme aconselha a boa tradição popular.
E o que dizer  daquela solta, livre,multicolorida , esvoaçante  e alegre borboleta que,ontem, ainda era lagarta triste e presa ao casulo escuro da sua metamorfose.
O amor necessitar, sim, de pontos de reflexão,avaliação,repensar o que poderá ser melhor dele, como mantê-lo mais e sempre protegido das garras hostis de águia oportunistas que, possam agarrá-lo e o devorar na primeira montanha ali ao lado com bicadas mortais de dor lancinantes,agudas,insuportáveis e que enterram por ali mesmo a alegria de viver.
Faz-se da mesma forma quando um choro de recém-nascido é assim, quando ela quer expressar determinado tipo de dor,quando é assado, outro.
Assim  ou assado, aquilo ou aquilo outro, muito mais ou muito menos, nítido ou embaçado, desejado intensamente ou mais comportado,debruçado sobre promessas ou, aquietado na realidade linear do amor já adulto e, com certidão de nascimento reconhecida em cartório das verdadeiras e perenes emoções humanas:
Isso tudo é amor!
Ele não gosta e não deve ser posto à prova, é uma falta grave de certeza.
Qual de nós ao sermos perguntados se gostamos das nossas mães, colocaríamos em dúvida esse amor incondicional, por exemplo?
Quem de nós negaria água ao sedento transeunte, esquálido e já desidratado?
Que mão se furtaria erguer de um tombo severo e contundente, uma pequena criança que tropeça e caída,chora com olhar desconcertante para nós?
Restam então, as melhores das providência para mantermos o quanto mais possível, um amor incólume e estas poderiam ser, jamais considerar que ele seja o  bagaço do último fruto daquela mangueira e sim, o maior sol,a lua cheia de graça e irresistível do céu e finalmente, aquela inesperada estrela cadente que passa e a qual ,sempre deveremos pedir: Proteja o meu amor!

A SIMPLICIDADE É ELEGANTE.



Em qualquer momento das nossas vidas, seja aquele que presenciamos ou do qual somos protagonistas,sempre alguma coisa fica como perene lição que, nos faz crescer,amadurecendo nossas emoções e compreensões à respeito, deste ou daquele modo anterior de vermos os fatos sociais.
Nesta visita de Francisco , ficou em mim a  lembrança de um momentos marcante,quando ouvi do próprio Francisco uma frase que, segundo ele era atribuída a João Paulo II que afirmara:
"Somente quem encontra forças além dos limites de seu corpo,permanece de pé".
Esta á mágica capacidade de nós humanos transcendermos ao físico, material,entendermos que, nosso corpo é sustentado por forças interiores da nossa alma e do nosso psiquismo, que podem segurar as grandes tempestades  desta nossas passagens por oceanos em turbulência, durante nossos piores momentos.
Quando transcendemos,deslocamos as nossas eventuais fraquezas para a força criadora e  que reorganiza,faz mediações,concebe novas leituras diferenciadas disto ou daquilo e nos aponta novos caminhos de soluções.
Isto porque,em geral navegamos neste rio existencial pelo qual passamos, olhando exclusivamente ou para a sua margem direita ,ou para a sua margem esquerda e nos esquecemos que, o caminho do meio, pode ser a meta verdadeira a alcançarmos.
Atitudes extremadas tiram a elegância de condutas simples ,simplicidade esta antenada para o respeito ao próximo, nossa cumplicidade com o perdão e a gratidão por estarmos vivos entre todos aqueles que são da nossa mesma espécie.
A transcendência pode ser religiosa,filosófica, psíquica,sociológica, ou tendo como motivo principal a  inevitável necessidade de respeitarmos os nosso filhos,nossa mulher amada, uma causa politica, uma ideologia enfim, e em todos estes casos as palavras podem ate se perder nestes nevoeiros agitados do dia-a-dia, porém nossos exemplos ficarão sempre inesquecíveis, como prova da nossa coerência ,entre aquilo que falamos e o que efetivamente, fazemos.
Não são os ganhos ou aquisições materiais de uma roupa de marca, um celular mais moderno, a troca quase compulsiva por um modelo de carro mais novo, a busca estressante por novos prazeres e diferenciados comprados neste grande mercado tentador de forma compulsiva que, irá nos trazer a verdadeira felicidade.
A felicidade interior, já nasce com cada um de nós,saibamos manter intata esta fortuna sem desperdiçá-la em ansiosas gastanças desnecessárias com tantas bugigangas e quinquilharias pois, corremos o risco de esquecermos que, para ficarmos de pé, é necessário transcendermos a este efêmero e material modo de vida consumista.
A boa lição continua sendo aquela que, nos orienta na direção das simples coisas da  vida.
O amor em toda a sua integralidade, continua sendo uma das melhores soluções..

MAIS CORAÇÕES, CONTINUAM CHEGANDO!!!

COMUNICO AOS CORAÇÕES QUE NÃO PUDERAM BATER NO COMPASSO  DO AMOR, NESTA POSTAGEM,COM CERTEZA, SERÃO PUBLICADOS NESTE FINAL DE SEMANA.


                 DO AMOR, DE AMAR, DE SONHAR



Silêncio. Não faça barulho, ele acaba de dormir.
Deixe que o sonho aconteça.
E, quando acontecer, deixe que ele cresça e invente seu enredo.

Silêncio, é assim que ouvimos o som do amor, em silêncio. Amor é sensível.

Pé ante pé, respiração suspensa, sem proteção. Amor acontece!

Se o procurarmos e apregoarmos essa busca, ele foge, se esconde.
Amor não gosta de publicidade, não quer visibilidade. Amor é anônimo..

Se quisermos agarrá-lo, ele some. Amor é arisco.

Sonhando com ele, à ele nos entregamos, sem defesa e sem ataque.
É tao simples e tão complicado. Amor é contraditório.

Se apresenta de todas as formas, às vezes, disforme. Amor é ilusionista, tenta nos confundir.

Sonhe com o amor maternal, o mais visceral, dois corações batendo no mesmo corpo. Amor é milagre!

Sonhe que adota o coração daquela que não sabe amar sua extensão na vida. Amor é oferta!

Sonhe que alguém precisa de seu amor, para agasalhá-lo no frio, para alimentá-lo na fome, para acudi-lo na aflição, para ser solidário na dor. Amor é comunhão.

Permita-se amar, deixe que, em estado de vigília, o amor se manifeste, acolha-o. Amor é fujão, escapole da alma.

Travesso, o amor quer brincar: de amar, de se amar, de ser amado. Amor é criança.

Sonhe em ser criança, finja que já é grande, se alegre em somente amar. Amor não é exigente..
Pede silêncio, pede atenção, pede paz. Amor retribui.

Sossegue, sonhe com o amor invadindo seus poros, contaminando, com seu vírus poderoso, todas as células de seu corpo. Amor é contagiante!





Nada peça à ele, amor não aceita escambo. Dê-lhe o que você tem, o que você é, o que você pode. Amor é aceitação.

E é assim que o amor surge, quando, sem saber, você está preparado para acordar e vivê-lo. Então,o silencioso sonho está pronto para se tornar realidade, porque está formatado em seu coração e em sua mente. Amor ensina!

Quando despertar, cuide do amor que sente. Amor é frágil.

E, ao chegar a hora do eterno sono, você terá a dádiva de ter ao seu lado o tão sonhado amor ou amores de sua vida. E esse amor vai acompanhá-lo na longa viagem. Amor é graça.

Amor é só isso, insípido, inodoro, invisível, inaudível, inexplicável e absolutamente indispensável. O amor é simples assim.

Pronto para acordar? 

Atenção: um, dois, três, e ...


                                ANGELA V.DE SOUSA

   


                        

FRANCISCO, UM CORAÇÃO QUE TRAZ O AMOR.

COMUMICO A TODOS OS MEUS 3463 (TRES MIL QUATROCENTOS E SESSENTA E TRÊS ) SEGUIDORES E AMIGOS QUE, DURANTE ESTA SEMANA E TODOS OS DIAS, OS QUATRO BLOGUES DE NOSSA AUTORIA, ESTARÃO DEDICADOS, EXCLUSIVAMENTE, AO AMOR, E ACEITANDO A SUA COLORABORAÇÃO, PARA SEREM AQUI PUBLICADOS E COM OS DEVIDOS CRÉDITOS, OS SEUS TEXTOS NUMA GRANDE PASSEATA VIRTUAL DO CORAÇÃO.

USEM O ESPAÇO DOS COMENTÁRIOS OU MEU E-MAIL, POIS, EM AMBOS OS CASOS  SERÃO PUBLICADOS COMO POSTAGEM.



ENVIEM-NOS, PORTANTO, OS SEUS CORAÇÕES.

 

             




Uma palavrinha tão pedida, lembrada, procurada e que, durante séculos protagonizou sempre a vitoria do bem sobre o mal, da generosidade sobre o egoísmo, do perene sobre o transitório, do perdão sobre o ódio, da afinidade sobre o rancor, do prazer sobre a mágoa, da luz sobre as trevas, da humildade sobre a arrogância, da libertação sobre qualquer tipo de escravidão.


Amor que sempre é tudo, insubstituível, imprescindível, sem moeda de troca e que, não admite ser apenas filial, romântico, amizade, companheiro, fugaz ou consumado, pois o amor é tudo que está contido no universo e o universo somos todos nós.
Se dói no nosso coração, age para nos purificar, se exalta a alma alegra nossas vidas, se voa com os pássaros é para nos ver do alto e sobre todos os jardins da vida, os mares da Terra,os caminhos dos homens, então, o amor chora, ri,sente,fraqueja,fortalece, afinal o amor é humano.



E qualquer ser humano que o cative com o seu coração, abra suas portas para ele, cultive-o e, não o deixe esfarrapado ou sôfrego pelo meio do caminho , estará no caminho do meio.
Sem desacreditar nele na primeira provocação do ódio, da inveja, hipocrisia ou dos males e outros menos nobres sentimentos contrários e travestido de amor tímido, destes que ficam secando em solo árido, precisando de uma chuva abundante de encantamentos úmidos, molhados, encharcados de esperança que, o fará renascer em si, a magia da vida.






E por Francisco, um coração que traz o amor e por qualquer outro homem ou mulher que nos acene com esta feliz possibilidade do reencontro e a monumentalidade dos nossos anseios, esperanças e certeza de estarmos a caminho da felicidade e paz interior, devemos festejar.
Afinal, o amor não tem religião, nacionalidade, bandeira, cor, camisa, lado, ideologia, pois é absoluto e paira soberano sobre tudo e todas as coisas, é a semente que viceja, o sol que ilumina, a lua que enobrece a noite, a chuva que, encanta o sono reparador com seus barulhos dos céus e, o gotejar dos nossos protetores telhados das nossas mais verdadeiras e sentidas emoções.
As chuvas de cores que nos abraçam e revitalizam.


Então, sorriam as crianças banguelas, balancem os rabos os cachorros arteiros, mostrem os seios a mãe, mães da vida que alimentam os homens com a seiva sagrada da sobrevivência, trabalhem e cada vez mais, todos os homens e mulheres que, acreditam na construção diária da honra, ética e dignidade do viver em consonância suprema com todos os astros e estrelas do cosmo que, reparem bem, nunca pediram propina para nos manter vivos.


E mesmo que você não seja um sol, ou não tenha nascido lua, muito menos um cometa, saiba que, o amor que está contido no seu coração pode ser do tamanho do universo, pois, lembram que, eu disse que estamos contidos nele?
É tempo de reconciliação, explosão de amor, abraços mútuos que, sintam o calor dos corações de brancos, negros, amarelos, indígenas, ocidentais, orientais, homens e mulheres enfim, de boa vontade e agradável percepção para sentirem que a vida é muito mais do que pequenas vinte e quatro horas.