Você nem precisava deixar saudade, afinal já fiquei com a suavidade da sua pele impregnada na minha, o calor dos seus abraços anteriormente, tímidos, mas depois generosos, fiquei com o gosto dos seus lábios sempre sem batom, como uma espécie de contrato entre nós para que, nos nossos beijos, nada servisse de barreira e, muito mais, o melhor de você toda, nua, despojada, entregue, ávida, em súplica.
É isto que meu coração bombeia para a minha visão do ontem
que, na realidade e sem maiores contas de somar ou dividir, foi tão multiplicador.
que, na realidade e sem maiores contas de somar ou dividir, foi tão multiplicador.
E isto, da minha retina, jamais sairá!
Quando penso em você não tenho saudade, sinto é a perda, a
inutilidade das suas propostas para nosso afastamento, suas desculpas compradas
ali, nas lojinhas de um amor inacabado, por 1.99.
Sua falta de opção em pensar que a vida poderia ser muito mais do que uma prisão, uma mordaça, um garrote de rotinas enfadonhas de compromissos que nunca, ninguém vai reconhecer de quem foi tão abnegada autoria.
Sua falta de opção em pensar que a vida poderia ser muito mais do que uma prisão, uma mordaça, um garrote de rotinas enfadonhas de compromissos que nunca, ninguém vai reconhecer de quem foi tão abnegada autoria.
Quer que eu minta?
Acho que pisei na bola. Pisei? Tudo que eu acho, só eu acho
agora, pois, há muito tempo você deixou de achar qualquer coisa. Mas, tenho a
consciência tranquila, pois lembra que a primeira vez quando eu passei minhas mãos
nas suas costas e perguntei o que você estava sentindo, e você disse: Nada!
Mas, aqui entre nós, como as coisas mudaram e muito
rapidamente.
Lembra também que, aos poucos fui semeando novos grãos das
sementes de novos prazeres em sua terra antes pouco cultivada e, já pouco tempo
depois, quando minhas mãos percorriam os mesmos percursos no seu corpo,além de
sentir tudo, você demonstrava querer mais, sentir mais, envolver-se mais, debruçada
na nova janela de sensações e tantas novas fantasias que eu abri para você. Lembra?
Confessa isso com a sua boca. Eu escancarei a cortina daquela sua janela que
nunca via lá fora, a vida!
Boca essa que, foi minha em todo o meu corpo, volúpia de
maestrina que como ninguém, passou, a saber, reger em mim, uma sinfonia sempre
em tons maiores e exigia de mim o sussurro da minha boca, os estalos da minha boca,
as contrações da minha boca, quando então, me fazia jorrar em prazer, o nosso
mágico amor.
Foram tantas as paisagens, contornos de morros, cheiro de
terra seca e batida, úmida e fofa, pássaros que se chegavam a você, lhe rodeavam...
nunca tinha visto isso. Bruxaria?
E o lago? E o medo?E a ponte? Nossa que desassossego e que,
só de mãos dadas nas minhas acalmava e, sempre estive a seu lado para isso,
sempre desejei em todos os momentos isso, dar a você muito mais que minha mão,
mas também, e principalmente, minha vida.
Horas intensas de conversas, papo sobre tudo e todas as coisas,
fazia até inveja!
Pisei na bola? Pisei? Continuo só com a minha opinião, pois
a sua é um profundo silêncio que, se precipitou no único precipício que existia
em nosso caminho. Único? Espera... um ou três?
Não devíamos ir por aquele caminho, outros tantos mais confortáveis
se impunham e,
de estradas mais seguramente pavimentadas de sentimentos
maiores e fomos atolar justamente, na única poça d’água da estrada.
Uma ou três?
De tudo, não fica a saudade, fica sim a perda, e uma
constante lembrança de uma frase entre tantas que, você disse quando reconheceu
o seu erro: Quer voltar?
Imediatamente, eu disse: Sim!
Esta, no entanto, é a resposta que, você não me retribuiu
agora, não sei se por uma causa, ou por causa de três!