UMA CHANCE...A ÚLTIMA!

                                    

Casais que conversam, colocam seus questionamentos, dizem isso e aquilo, aquilo e aquilo outro, estão vivos e flutuam nas espessas espumas do querer acertar, tentar rever, antes de achar que, definitivamente afundaram.
No amor as espumas podem ser muito sólidas, fortes, indestrutíveis se a intenção de quem caminha sobre elas for encontrar soluções que sejam para reconstruir, remodelar, reencontrar verdadeiros objetivos.
Nestes casos as espessas espumas do amor exalam a fragrância dos mais conceituados perfumes e resistem muito mais ao caminhar de corpos esperançosos e necessitados do que resistiria uma laje fria de concreto do desamor ou tanto faz!
Pessoas assumem sua dimensão humana no reconhecimento dos erros de um lado e alicerçam-se na possibilidade de perdão do outro.
Está aí um binômio que nos torna humanos, melhor, mais maduros e que nos faz crescer, refletir e esperar que o reconhecimento de alguns tantos erros acumulados recebam o beneplácito de mais uma chance, talvez a ultima, porém, mais uma oportunidade que o faça transcender na atitude metapsíquica imprescindível das superações que é exatamente, quando provamos o quão distantes ficamos dos macacos.
É assim que derrotamos também, outro binômio relevante e encontrado às pencas, como uvas em cacho dos desentendimentos afetivos e que se refletem e deságuam na poderosa ambivalência do amor e ódio, do ódio que é amor, do amor que odeia.
Amor e ódio que aqui tem o som da marcha compassada do ir e voltar dos êmbolos que fazem movimentar as rodas das tradicionais locomotivas Maria-fumaça.
Onomatopeia necessária!
Sempre aprendemos muito quando reciclamos o que de ontem ficou passado, azedo, insuportável e agora entendido diferente adquire o leve sabor inconfundível dos mais        variados sorvetes de iogurte.
Para quem gosta é um manjar dos deuses!
Temos que dar forma aos mais novos movimentos e crer nas possibilidades que, nos acenam os novos anjos e arcanjos quando nos apontam para outros diversos céus de circunstâncias e cheios de graça sem senhores benditos a dominar, nem senhoras a lastimar.
Faz-se a luz, remonta-se o insubstituível palco da vida e quando se abrirem as cortinas o respeitável púbico em sinal de extremada e confiante boa vontade antes mesmo que, qualquer personagem coloque a primeira fala do seu texto para fora, aplaudirá de pé, por conta, antecipadamente, crédito necessário de quem torce a favor, querendo um momento mágico daquele ato de reencontro com o amor.
E no interior das densas florestas gnomos sorriem e  nas mais longínquas partes do infinito mundo de nós dois, algo, alguém, um ser, ou não, com ou sem forma, etéreo ou concreto, eterno ou passageiro, olha para baixo e acredita mais vez que valeu à pena a criação.

FIQUE FORA DESTA PETER!

                                    


A saudade é uma punição que salga o corpo ferido pelas chicotadas da distância, irrita-se com qualquer sorriso de boca alheia, fecha os olhos para os céus azuis, ignora sois de quaisquer outras galáxias e quer apenas como as carpideiras, chorar sobre o rosto do corpo que não lhe devota mais o amor de antes.
A saudade do amor é,portanto, de uma crueldade indefinida,pois,não conseguimos dimensionar nunca a possível duração do seu tempo e intensidade,tampouco a virulência com a qual ela irá continuar a infectar os tecidos abertos da epiderme dos nossos sentimentos e, no ponto mais exato das nossas fragilidades,com aquela flecha certeira de ponta envenenada.
Maldito cupido!
No entorno, ousam nos dar conselhos das mais variadas origens.Os ouvimos,mas não seguimos nenhum.
Que intrusos!
Como podem querer adjetivar sentimentos, criar tempos de verbos salvadores, marcarem dia hora da libertação, jogar cartas misteriosas de um tarô desmoralizado pela força das nossas negativas em compreender seus métodos falaciosos ou jurarem de pés juntos que os astrólogos não aconselham isto ou aquilo, esquecendo-se que, o recente desalinhamento dos astros desarrumou e bagunçou também, esta farsa.
Quem então?
As cartas. Cartas sim! 
E só aquelas mergulhadas na essência  do perfume do sofrimento o qual guardamos em vidros coloridos avermelhados,azulados ou em outros com a síntese de todas as cores,como merecem as fragrâncias valorosas nascidas daquele arco-íris nascidos desta saudade safada.
E-mail, nem pensar, só cartas de papel para serem tocadas e sentidas por aquelas mãos distantes, mas que, ainda há pouco eriçava nossa pele com um simples toque,tornando alegres todas as partes que percorriam em nosso corpo com mágicos movimentos que, repercutiam sempre nos átrios da anatomia morfológica deste poderoso músculos que aqueles que nunca amaram chamam simplesmente de cardíaco.
Quem tem músculo cardíaco e o mais infeliz dos seres porque nunca amou. Quem ama só conhece a palavra coração e mais nada.
E nesta saudade especifica do amor ficam as lembranças de outonos desfolhados seguidos pelas primaveras mais coloridas das nossas vidas que, sempre se desnudavam no verão dos nossos desejos e cobriam-se nos sonos reparadores dos invernos exaustos dos nossos corpos,depois de contorcidos em mágicos malabarismos de prazeres.
Delírios eternos em tão poucos segundos.
Enfim, estão represadas estas águas volumosas de saudade neste dique o qual torço que, um dia possa vir a romper-se e que, Peter o menino herói holandês não esteja por perto para colocar seu dedo no furo que espero se transforme em um imenso rombo ao despedaçar-se.
Não tente impedir novamente, apesar de ficado ali a noite toda em vigília para que, seu país, como conta a lenda,não inundasse.
Agora a água da saudade devera escoar toda,seguir o seu curso e assim, deixar secar qualquer vestigio deste momento inútil.


FÁBULA DA LIBERDADE E DO MEDO.

                                               


Local: Infinito das contradições.
Personagens: Liberdade e o medo.


Medo-Tenho certeza que você me sufoca,domina,controla, cobra, exige,aprisiona,cerceia...
Liberdade-Não era para ser assim.
Medo-Pois é, nem sei explicar, mas me sinto do seu lado aprisionada, sem assunto, sem graça.
Liberdade - Você já nasceu assim?
Medo-Assim como?
Liberdade - Sem estar acostumada a conviver com a liberdade?
Medo - Eu sempre fui livre.
Liberdade-Não perguntei isso.
Medo-Então perguntou o quê?
Liberdade-Se estava acostumava a conviver com a liberdade.
Medo- Já respondi.
Liberdade- Não você disse que sempre foi livre
Medo-E qual é a diferença?
Liberdade- Muitas pessoas são livres para viverem presas.
Medo-Isto é jogo de palavras
Liberdade- Não isto é um jogo fatal que a vida as impõe
Medo-Livres para serem presas?
Liberdade – É!  Livres para serem presas.
Medo- Eu vou pra onde eu quero.
Liberdade - Isto não é liberdade, é movimento, pois, vai sempre para onde deve ir.
Medo- Eu faço o que eu quero.
Liberdade- Isso é trabalho.
Medo- Complicou.
Liberdade - Quem tem sempre que fazer alguma coisa, não é livre, sinônimo de liberdade é o de não fazer, também.
Medo- E por que você está me dizendo isto e desta forma?
Liberdade-Simplesmente, porque estou falando com o medo.


Moral da história: Liberdade é saber dialogar com o medo.

PARA QUEM ACREDITA QUE COLHEMOS O QUE PLANTAMOS!

     

As injustiças sociais, no Brasil e no mundo parecem caracterizar de forma indiscutível a irresponsabilidade, arrogância, soberba e egoísmo da raça humana.
Somos animais gregários, absolutamente desagregados nas nossas intenções, principalmente,quando estamos no lamacento jogo dos interesses econômicos dos indivíduos em particular, e das nações em geral.
É histórica a existência de poucos que se bastam na opulência financeira e o resto do mundo que, vive em situação precária de mera sobrevivência e constrangedora situação.
A falta de consciência de homens e nações em não perceberem que habitamos todos nós, um só planeta e que não há saída de emergência exeqüível para nenhum outro lugar do sistema solar em situações reais de grandes catástrofes, é que me faz ficar abismado, como pode haver tanta insensibilidade no trato entre os humanos.
Esqueçamos as ideologias políticas, os partidos, as crenças religiosas e sejamos práticos ao considerarmos que os maiores ameaças de destruição da vida na Terra, tem vindo exatamente das nações as quais, os donos do mundo tem negado o mínimo de dignidade para a sobrevivência dos seus habitantes.
O que as grandes corporações financeiras e as nações desenvolvidas fazem com o continente africano é de uma desumanidade explicita, por mais que sejam noticiadas e fotografadas as imensas barrigas de crianças africanas e suas cabeças deformadas e desproporcionais ao resto do corpo. 
Esta é  a conseqüência de distrofias pluricarenciais nutritivas, sinônimo de estado de pré-morte por fome!
Mesmo assim, os donos do mundo ficam impassíveis a não ser, vez por outra demonstrando hipócrita solidariedade com a divulgação demagogica de algum bilionário sorridente, dando alguma esmola àqueles povos de um continente esquecido.
O que, no entanto, os donos do mundo e do capital estão aprendendo é o fato de que, exatamente é desta região do mundo, a qual estão dizimando, é que estão vindo as constantes e maiores ameaças de doenças, espalhando-se por toda a humanidade que já sente-se refém de sérios pesadelos e comprovadas possibilidades de autênticos holocaustos humanos.
Foi assim com a Aids, está sendo assim com o Ebola.
É como se a virulência dos agentes infecciosos destas doenças estivessem querendo lembrar através da sabedoria da natureza de que, só colhemos o que plantamos!
Seria muito mais inteligente que houvesse uma melhor distribuição da renda mundial, para que evitássemos que, dos corpos daqueles cuja imbecilidade financeira está fazendo que apodreçam, infestem democraticamente, o resto do mundo com a possibilidade da mesma morte que os ameaça e a qual eles vêm sendo submetidos há muitas décadas.
O nome disto é globalização das pestes.
A solução? Viver e deixar viver.
E para uma constante reflexão da humanidade,quem sabe, estudar como lição de casa o fato de que a Lei do retorno é inevitável.