QUANDO CRIANÇA. QUANDO ADULTO!


As fases inevitáveis do nosso crescer,passar disso para aquilo,desejar mais tantas outras coisas do que, outras coisas tantas que, antes desejávamos ,é deixar de ser criança e nos tornarmos adultos.

Inexorável,irreversível é todo um processo.


Simples assim!

Quando crianças costumamos machucar o corpo e os tornozelos, canelas, braços , cotovelos e cabeça, são nossos alvos preferencias de ataques deles contra aquilo ou daquilo contras eles.

E como ferem, vivemos pintados de muito mercúrio cromo, enfaixados com gazes,colados com esparadrapos e eventualmente , quando o ferimento quebra, nos imobilizam com gesso.

As marcas que ficam são visiveis, externas,explícitas e contundentes.

Quando adultos, machucamos a alma!

Ferimentos insuportáveis, sufocantes e indesejáveis!

Não ficam expostos, ninguém vê depois as cicatrizes, sorrateiros nódulos, escondidos lá dentro como ninhos abandonados pelos pássaros filhotes e a mãe que se perdeu, na fúria incontrolável dos ventos e chuvas devastadoras.

Acho muito mais perigosas as brincadeiras dos adultos.

Quer que eu minta?

10 comentários:

  1. É verdade Paulo,
    As cicatrizes da infância não doem, são apenas cicatrizes pequenas, médias ou grandes(eu tenho os 3 tipos, pois nem era gente:era criança e daquelas terríveis). Agora as cicatrizes na alma, costuma deixar as pessoas amargas, mau humoradas, desconfiadas, lamurientas, tristes...E seu um relacionamento ruim pode ser chamado de "brincadeiras de adultos", eu diria que é brincadeira de mau gosto mesmo.
    E o curioso é que as pessoas quem foram feridas no imo, geralmente são rancorosas e isso mostra que a ferida nao cicatriza.
    Prefiro também as cicatrizes da infância, Paulo.
    Beijokas doces e uma semana abençoada.

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    1. Oi Marly,

      então, eu diria que estamos absolutamente de acordo, o que é muito bom, quando o interlocutor como você sempre faz,facilita o integral entendimento dos fatos.

      Uma semana da mesma forma prá você e um abração carioca.

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  2. Crescer, dói.
    Feridas externas, beijo de mãe, cura.
    As internas, os conhecidos traumas, nos acompanham durante a vida. Podem ter acontecido na infância, adolescência. Mas existe, também, a dor da perda, já na idade adulta. Perda do ideal primeiro, de alguém, de algum lugar, e nos prendemos ao imaginário prá suportar a falta. E aí temos que lidar com a alma machucada de saudade, e tão vulnerável que esquecemos de existir aqui e nos prendemos ao passado, buscando o refúgio seguro da memória. Preferia não ter cicatrizes, tenho. Prefiro viver o presente, só usando a memória afetiva como referência.
    Abraços.

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  3. ANGELA,

    como é fácil manter um blog, quando o nível dos colaboradores tem a extensão da sua sensibilidade.

    "Feridas externas,beijo de mãe cura", então você já entra de sola nos flancos mais frágeis deste escrivinhador contumaz e compulsivo!

    E que adoráveis são os beijos de mãe.

    Mas uma vez, entro na sua e de graça, quando afirma que buscamos "refúgio seguro na memória", refúgio este que em algumas ocasiões ocupa toda a nossa memória, acrescentaria eu.

    E quanto a memória afetiva Angela, no trato das vivencias do presente, espero que as aprimoremos sempre, única forma de desocuparem espaços e assim, permitirem janelas para a visão de nova realidade que pede licença para se apresentar.

    Um abração carioca.

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  4. Um Lindo Fim de Semana pra você e que haja muita cura nos corações que foram feridos...! Abração

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  5. Oi ROSANGELA,

    prá você também, e cuide desse seu coração!

    Um abração carioca.

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  6. Sabe, Paulo, eu penso que o problema são os conceitos que nossos pais, mestres, vizinhos, a sociedade, a religião (principalmente essa), nos incute. Deixamos de ser alma e criamos uma personalidade; e essa personalidade subordina-se à nossa mente. A mente cria o Ego. Esse, sim é o responsável pelas maiores dores, meu amigo. Não quer sofrer? Traga sua alma de volta. Diga ao ego que ele deve ser subordinado a ela e não à mente. Se conseguir, depois você me conta. Um beijão!

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  7. Então,SUELI nem dá para não considerar esta sua competente e corretíssima tese.

    Trocamos a essência verdadeira das nossas existências pelos valores que nos são impostos muitos dos quais , a eles continuamos refratários e daí os inexoráveis conflitos humanos.

    E isso é tudo!

    Um abração carioca.

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  8. É meu querido, as feridas da alma, essas marcam profundamente. Principalmente quando são deixadas por pessoas que amamos, que pelo certo, nunca deveriam nos machucar... Que pena que na prática não é assim, e estamos sempre sendo surpreendidos com gesto, atitudes e palavras, que marcam, ferem e doi e que não tem merthiolate, esparadrapo ou gase que cure. Linda e verdadeiras palavras. Por favor... Não minta! Prefiro a verdade. Bjus

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  9. NÁDIA,

    é meu compromisso: não minto e fico recompensado por você

    ter percebido, verdades nas minhas palavras.

    Estou feliz, em tê-la por aqui, para me ajudar com todos os outros, a escrever este blog comigo.

    Um abração carioca.

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