A SOCIEDADE DESEJADA.



A mais incontestável referência viva de amor incondicional da humanidade, verdadeiro céu que nos cobre de ensinamentos, visão constante das montanhas de saber acumulados que durante séculos nos legou Jesus Cristo, este sim, seja a nossa melhor e mais objetiva intenção de restaurarmos a fraternidade entre nós.
Fraternidade hoje escassa e vitimada pela velocidade das mudanças que ocorrem sem que, a maioria sequer as perceba, e nos arrasta a todos como a fúria das grandes tempestades existências.
Voltarmos a olhar para o lado e reconhecer o sorriso de uma criança banguela mordendo o queixo da mãe, expressão maior da ingenuidade e amor inseparável de corpos que podemos constatar e permitirmos que as mães sejam efetivas e eternas provedoras deste amor fraterno, hoje cerceado por tantas outras funções e papeis sociais que, elas têm que exercer para manter a família integra e coesas e convenhamos passou a ser uma tarefa desproporcional a força e possibilidades possíveis para a maioria delas.
Foi este o destino que escolhemos para aquelas que devem encharcar de amor fraterno o seio familiar, instituição social única capaz de tirar da rua todos os menores que na ausência delas aprender a viver entre bandidos?
No que transformamos a solidariedade e fraternidade que até entre os mais felinos dos animais irracionais sobrevive que é a defesa intransigente das suas crias até que adultas possam determinar suas vidas, porém com uma estrutura moral densa e de corretos valores já aprendidos?
A crise moral dos nossos tempos encontra suas razões na falta da mulher-mãe, impedida pelos solavancos de um pseudo desenvolvimento que privilegia o consumismo de quinquilharias e bugigangas tecnológicas ao invés de reconhecer e lutar pelo maior e mais ricos dos nossos tesouros sociais de fraternidade e abnegação que é a mãe que, se deixa consumir integral por um ser que não pediu para nascer e trocaria na maioria das vezes suas vidas pela manutenção das vidas delas.
Quando contemplo a imagem de Cristo crucificado, também no seu lugar vejo mães sangrando na cruz em estado desesperador, vitimas de uma sociedade que algum dia achou que os modernismos eletrônicos e a robótica as pudesses substituí-las.
Cristo na cruz e mães impedidas de serem é a imagem que todos deveríamos refletir, pois, uma sociedade não pode prescindir de valores e estes nunca são tradicionais ou modernos e sim, valores!
Que a sociedade possa encontrar dentro dos ovos da Páscoa os mais saborosos bombons, mas estes de um chocolate especial que é aquele que tem o nome, o sabor e a grandeza e exatamente, como Jesus Cristo nos ensinou, sejam de mães cheias de graças e então, o Senhor voltará a ser conosco.

12 comentários:

  1. Não penso que seja o facto de a Mulher ter acedido ao mundo do trabalho o pior da situação.

    Gravissimo , sim, são as péssimas condições laborais , algumas quase de escravatura - com as consequências terríveis que daí resultam para a Família.

    Falta de estabelecimentos educativos, horários demasiado longos,horas infinitas em transportes, machismo ainda existente, .....

    Que esta Páscoa lhe seja muito doce, meu caro Paulo!

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    1. Oi SÃO,

      vejo na mulher-profissional-mãe, também sangrando na cruz imerecidas de tantas e cansativas jornadas de trabalho.

      Foi o machismo que as empurrou para esta situação e é ele também que, impede a plena isonomia de remuneração dos trabalhos profissionais da mulher na sociedade contemporânea.

      Acho que tudo isto tem sido uma conta muito alta para a instituição familiar.

      Vejo todas vocês,sangrando também na cruz.

      Quer que eu minta?

      Uma excepcional Páscoa e bem portuguesa com certeza, aí do outro lado deste imenso oceano que nos separa.

      Um abração carioca.

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  2. Paulo, gostei do texto, faz refletir... Sou como muitas de suas leitoras, mulher, mãe, profissional... Posso dizer com toda sinceridade que ter sido mãe, foi a experiência mais gratificante que tive na minha vida. Tive quatro lindos filhos, dois levando ainda anjinhos aos céus e outros dois, lindos e sadios... Mas é duro ver essa realidade descrita em seu texto. Um abração carioca.
    p.s. Semana passada conheci o Viaduto Paulo de Frontin, hoje está desativado, lógico, mais é uma construção lindíssima, lembrei da foto de seu blog.

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  3. sub helena,

    este seu "p.s." foi muito gratificante para mim, afinal você conheceu o que representa uma saudade tão viva dentro de mim que dói.

    Uma Páscoa das melhores, combinado?

    Um abração carioca, minha conterrânea!

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  4. Célula-Mater, divinamente abençoada pelo Criador que deu à criatura-mãe o dom de gerar, de cuidar, de amar incondicionalmente o ser parido de suas entranhas... Falta sim o sentido de família- união. Família que senta ao redor de uma mesa e partilha o pão e a palavra. Família que se olha no olho. Família que mostra e vive os valores da ternura, do perdão, do saber relacionar-se, do saber "ser"! Há excessos do "ter" de menos ou de mais nas famílias. Os que materializam o amor nos shoppings, e os que materializam os sonhos de que um dia teremos... Nisso perdem a única chance de amar gratuitamente. Sem consumismo. Sem se consumirem. Amar simplesmente. Objetos deterioram-se, saem de moda, perdem seu valor. Afeto é marca registrada em nossa inteligência emocional gravado para sempre. Recordo afetos e não objetos!
    Excelente tema reflexivo, para o que vivemos hoje na sociedade, onde se prostituiu os valores. Compactuo com seu modo de pensar.
    Abraço.

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    1. CÉLIA RANGEL,

      se pude contar,agora com esta sua manifesta ação de apoio e com muito mais competência literária, soube alinhavar de maneira muito mais correta as palavras certas para os contexto em reflexão, sinto-me absolvido de qualquer outro julgamento , talvez que, possa vir dos mais "politicamente corretos".

      Feliz Páscoa e um abração carioca.

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  5. Paulo,
    Emocionante texto com endereço certo para reflexão.
    Estou totalmente de acordo quando você diz: "uma sociedade não pode prescindir de valores e estes nunca são tradicionais ou modernos e sim, valores!
    Hoje é o que nos assusta, o não entendermos mais o que o homem quer para sua vida. Numa busca frenética de homens e mulheres, só encontramos mais distanciamentos, discordâncias e insatisfação.
    Muito sensível a sua colocação da mulher-mãe nos novos tempos. É um tema que pode ser individualizado, mais debatido e ainda inesgotável.
    Dou Graças a Deus todos os dias por estar vivenciando o ser mãe; e hoje já sou avó. É o que nos presenteia nessa vida, dá sentido ao nosso viver e nos impulsiona a seguir em frente com alegria. É mágico poder ser mãe.
    Páscoa é isso: reflexão, renascimento, renovação para continuarmos, principalmente dentro da família, unidos, participantes, somando amor.

    Para você, Paulo,
    Uma Páscoa com muita paz e alegria. Que os Ovos de Páscoa venham recheados com bombons de amor.

    Um abraço paulista

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    1. VERA,

      Páscoa é exatamente isso, eu não tenho dúvida nenhuma, e seus alertas para a necessidade de renovação,renascimento e renovação, foram as minhas principais tentativas de neste texto,fazer algo diferente de me endividar comprando caríssimos ovos de chocolate.

      Estes são necessários e também, fazem parte, mas não só!

      Um abração carioca.

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  6. Olá, Paulo!
    Fiquei feliz com sua participação em meu blog.
    Também já estou seguindo o "Falando Sério" e gostando muito de seus textos - atuais e muito interessantes. Com mais tempo, visitarei os outros. Feliz Páscoa pra você! Abraços

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  7. MARIA ESTELA BARBOSA,

    que bom ter agradado você e sinto-me muito honrado com sua presença por aqui, desejando que você volte sempre.

    Combinado?

    Feliz Páscoa para você também e um abração carioca.

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  8. Lembrou-me de uma citação que diz: "O poder de criação não é uma parte secundária no Plano de Felicidade, é a chave para a felicidade."
    ;)

    Beijoo'o

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  9. SIMONE,

    linda citação e tem tudo a ver.

    Obrigado pela atenção amiga virtual e um abração carioca.

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