AMOR GANGORRA.


Sabe quando você se habitua a conviver com eternas incertezas ou constrangimentos continuados para manter um amor que, não oferece mais nenhuma consistência para tornar-se confortável para ninguém?
Isto é o amor gangorra!
Se pararmos um instante, seja quando ele estiver no alto ou no baixo das suas instabilidades, pensarmos,refletirmos, analisarmos e avaliarmos o que está acontecendo, chegaremos a conclusão de que,adoecemos com ele.Apenas continuamos a investir em ações de terceira classe, nesta bolsa de valores sem mais nenhum valor e jamais teremos lucros nem dividendos esperados pois, é um papel ridículo apodrecido pela má gestão dos empresários.
Não devemos nos acostumar com aquilo que só trás infelicidade e aquelas infinidades chorumelas e bate-bocas constantes,infrutíferas, estressantes e constrangedoras.
Quando se perde a autoestima, despencamos ladeira abaixo nesta imensa montanha escorregadia por um lamaçal, cujos respingos em nosso corpo, só sairão com muito banho de recuperação da nossa dignidade, enquanto pessoas.
Temos horror ao rompimento,apostamos sempre na possibilidade do reencontro ou paz perdida,tornamos sempre muito mais difícil , vermos a realidade nebulosa daquele amor com um céu sempre ameaçador, escuro, cheio de faíscas dos raios indesejáveis de rancores e que acaba desbabando , inevitavelmente em tempestade,inundando e sufocando nossas cansadas possibilidades de resistência.
E assim que a banda toca!
E sempre que precisamos mentir para nós mesmos,iludirmos, enganarmos e virar trapaceiros dos nossos próprios sofrimentos, decretamos a morte de qualquer amor que, tal qual a chama de uma vela que, se apagou cansada e exausta de si mesmo.
Isto porque, o amor é liberdade na convivência ,sem receios, medos nem pejos,é céu azul sem nuvens constantemente ameaçadoras de grandes temporais emotivos ,exige movimentos dóceis sem violências ou ameaças ,um verdadeiro balé de danças suaves à frente daquela monumental orquestra de sonhos e paixões verdadeiros.
Se as sapatilhas se rompem ou a orquestra desafina é sinal que o amor gangorra está pedindo para sair daquele palco, e em nós deverá prevaler a coragem de aceitar o inevitável da separação, sempre com saudável e eterna esperança, de que o próximo espetáculo, seja mais digno.
Fecham-se as cortinas!



10 comentários:

  1. Paulo,
    Gostei da gangorra, um de costas para o outro.
    Ainda vale o lema: "Quem ama liberta"?
    Abraços!

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    1. VICTORNANNY,

      nesta gangorra, infelizmente não ficou explicito que está de costas para quem.

      Valeria uma pesquisa de consciência , dentro de cada um de nós?

      Um abração carioca.

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  2. Conveniência! Zona de conforto! Falta de amor próprio! Creio serem estas as causas mais sem vergonhas a que nos impomos carregando um amor moribundo, fétido, que nada mais nos acrescenta. Cremá-lo é a solução! Ampla liberdade será dada aos envolvidos. Amar é libertar e não escravizar.
    Abraço.

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    1. CÉLIA,

      gostei da determinação das palavras que levariam a uma ação digna sem sabotagem dos mais legítimos sentimentos.

      Um abração carioca.

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  3. "Isto porque, o amor é liberdade na convivência ,sem receios, medos nem pejos..."
    Você disse tudo, verdades e atitudes. Por quê, continuar com algo falso, incômodo nos impondo sacrifícios? Onde está o amor próprio e a dignidade?
    Muito bom, Paulo.
    Beijos!

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    1. TAIS,

      acomodação, conveniência, insegurança, desmotivação?

      As cartas estão na mesa!

      Um abração carioca.

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  4. Paulo, gostei do seu texto, muitas vezes, prolongar algo que acabou, é prolongar o próprio medo de recomeçar, de seguir adiante e viver novas histórias, é necessário vencer essa barreira, pois sabemos que ninguém pode ser feliz, vivendo uma mentira, um sentimento que já se findou.
    Um abração carioca e ótima semana.

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  5. Paulo, gostei do seu texto, muitas vezes, prolongar algo que acabou, é prolongar o próprio medo de recomeçar, de seguir adiante e viver novas histórias, é necessário vencer essa barreira, pois sabemos que ninguém pode ser feliz, vivendo uma mentira, um sentimento que já se findou.
    Um abração carioca e ótima semana.

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  6. Esse teu lado sério que muito amamos, Paulo, mostra o que é coerência no amor: se eu amo, eu respeito; se eu respeito, sou transparente, assumo o que não posso oferecer e liberto o outro, jamais devo ser cruel ao ponto de ameaçar ou matar, achando que é minha posse.
    Onde não há respeito e transparência não há amor!
    Texto excelente, abraços carinhosos
    Maria Teresa

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  7. Caro Paulo,
    Que dizer diante dessa argumentação espetacular?
    Lembrei de um trecho do poema " O mais é nada" de Pessoa agora, permita-me.

    Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual for.
    Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.
    Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam.
    Olhe para o lado, alguém precisa de você.
    Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
    Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.
    Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.
    Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
    Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
    Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
    Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
    Se achar que precisa voltar, volte!
    Se perceber que precisa seguir, siga!
    Se estiver tudo errado, comece novamente.
    Se estiver tudo certo, continue.
    Se sentir saudades, mate-a.
    Se perder um amor, não se perca!
    Se achá-lo, segure-o!
    “Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada”.

    (Fernando Pessoa)
    Beijo grande meu amigo carioca. :)
    Guerreira Xue

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