CONSTRUINDO ESTÁDIOS E DEMOLINDO O RESTO.



Sei não, mas acho que ando ranzinza demais para o gosto destes protagonistas do grande circo das maracutaias humanas, nas quais o errado sempre agora, é o que está certo.
Gastar mais de um bilhão de reais para reconstruir um estádio de futebol, como fizeram com o Maracanã é muito para minha pouca paciência.
Quer saber de uma coisa? Copa das Confederações, Copa do mundo ou copa do  cassete a quatro, nada justifica que construamos estádios milionários com obras hiper-super faturadas enquanto que, nos corredores dos hospitais , seres humanos regurgitam seus últimos soluços de vida e entregues à própria sorte naquelas macas imundas da incompetência administrativa médico-hospitalar.
Uma vergonha, mesmo!
Somado a isso temos as escolas em péssimo estado de conservação, professores muito mal pagos,alunos assustados pela possibilidade da próxima invasão da bandidagem, naquele território que deveria ser um altar sagrado da educação.
Se fosse só aquele mais de um bilhão do Maracanã, estaria ruim, mas, é muito pior, se constatarmos que no Amazonas, São Paulo e no raio que os parta, tantos outros estão sendo construídos e alimentando a ferocidade corrupta de meia dúzia de moleques que, fazem da vida pública, uma prostituição dos seus próprios valores como seres humanos.
E ainda, temos que ficar levando bronca de outros tantos pseudos gerentes da Fifa,entidade esta que, antigamente cuidava de Copas do Mundo de futebol e agora,transformou-se na maior empreiteira internacional de construção de estádios.
Que beleza! 
Para que se tenha uma ideia deste descalabro e orgia financeira em curso, o bairro de Itaquera em São Paulo é um dos mais pobres daquele estado e exatamente lá, para sacanear de vez o povo, ergue-se um estádio multimilionário e seus atores principais nesta comédia pífia da pilantragem destas edificações fáceis,ali se locupletam.
E dão gargalhadas na cara do aposentado,do trabalhador que perde quatro a cinco  horas, com a sua digníssima bunda atolada no banco de um ônibus sujo,colocado em cima de uma carroceria de caminhão que,faz mais barulho do que trovoada de chuvas de verão e lá dentro, somos todos gados indo para o abate,aos trancos e solavancos.
Ninguém vai para a cadeia, ninguém tem medo de nada, ninguém acredita que pode ser punido e sabem porque?
Ora, se tiver que botar na cadeia todos estes caras, teríamos que construir mais uns dez estádios destes para caber todo mundo.
Não, aí não! 
Então, para este ônibus pulguento e fedido, pois agora, quem quer soltar sou eu.

10 comentários:

  1. É isso aí, Professor Paulo! Não importa se a barriga dói de fome, o importante é o circo! E o povo ingênuo adora palhaçadas!

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    1. Pois, é assim mesmo que, infelizmente, esta banda sórdida de tuba entupida pela vergonha nacional, toca e toca desafinando e mostrando ao mundo que ainda temos muito que nos impôr no cenário internacional das nações desenvolvidas.

      Um abração carioca, OLD EAGLE.

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  2. Estou definitivamente acreditando que brasileiro é masoquista. Paulo querido, esse assunto é tão nojento, tão nojento que embrulha-me o estômago, sinto vontade de botas as entranhas pra fora, por isso encerrarei por aqui. Não sem antes dizer que compartilho contigo dessa tua revolta. Um carinhoso beijo. (Seu maravilhoso!)

    => Gritos da alma
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    => Só quadras

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  3. NÁDIA ,

    a sua revolta é a de todos aqueles que, já não conseguem mais conviver com tanta bandalheira institucional.

    Um abração carioca.

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  4. A sua revolta é igual à minha e à de todas as pessoas decentes que ainda sobrevivem neste mar de corrupção e indiferença pelo sofrimento de seres humanos, condenados à miséria pela ganância de meia dúzia de criaturas sem ètica nem vergonha!

    Abraço solidário português

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  5. É isso aí SÃO,

    são as conhecidas aves de rapina que se deleitam sem pejo nem pudor desta carniça pestilenta da corrupção e tal qual, porcos que chafurdam nos chiqueiros da imoralidade administrativa,se apropriam do dinheiro público que é meu, seu , de todos nós e que, eles consideram deles.

    Estamos aí, todos juntos e misturados, porque nossas mãos decentes e apertadas, formando uma corrente de vigília,estarão sempre denunciando as outras mãos , aquelas mãos sórdidas que só nos empobrecem.

    Um abração carioca, Rio de Janeiro, Brasil.

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  6. Por essas e outras o meu amor pela dita seleção, que não é nada além de um time com intuito comercial, como qualquer um, é igual a zero. Não torço. Não me emociono. Não sofro quando é desclassificada, muito pelo contrário.

    E olhe que gosto e muito de futebol.
    Beijo!

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  7. Pois é MILENE,

    por um lado estas roubalheiras explicitas no futebol, contribuem para que o povo vá aprendendo que, em nome de uma diversão, estão lhe acharcando os bolsos.

    O pão é circo então, fica mais sob a vigilância de todo mundo.

    Ou melhor, MILENE, será que fica mesmo?

    Bem...tomara!

    Um abração carioca.

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  8. Excelente reflexão!!! Não somos um país que sabe estabelecer prioridades, continuamos sendo apenas o país do oba oba, futebol, cerveja e mulatas seminuas. Infelizmente é só pão e circo.

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  9. Paulo,

    rs! Tô matando a saudade por aqui, já percebeu né?

    Disse tudo! Esse cabra barbudo aí da foto teve a cara de pau de cancelar por quarenta dias todas as cirurgias de um dos maiores hospitais públicos de Bsb, alegando que os médicos deveriam estar à disposição em função da Copa das Confederações! Pode? Como suportar esse disparate? Enfim, será que estamos finalmente acordando nesse momento? Sinceramente espero que sim. Gr. Bj.!

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