De todos os sentimentos, o amor é o mais invasivo e insidioso.
Tanto pode te pegar pela mão e seguir devagar, aos poucos, como pode te pegar pelo pé e te tirar o chão.
Amor não enxerga o feio ou o bonito, não liga prá defeitos, não se importa com classe social, com cor de pele, com idade.
À ele, não interessa se é correspondido, se existe sintonia, afinidade, interesses comuns, proximidade geográfica. Amor acontece.
De todas as lutas contra um sentimento, a luta contra o amor é a mais inútil.
Quanto mais se luta, mais ele se fortalece e se impõe.
Amar alguém é projetar no outro a sua idealização, tentar ver no outro o que lhe falta ou o que lhe sobra.
De todas as faltas que existem, a do amor é a que mais perturba.
Abre vazios, grita carências, arrasta os dias, torna as noites longas e insones.
Amor impulsiona, faz crescer, faz melhorar, faz trocar e doar. Amor ilumina.
E quando, amando, sentimos a dor na falta do objeto do amor, a dor na presença desse objeto, a dor de se ter e não poder ser um só, o mesmo, o igual e único, temos, então, o amor pleno, em sua essência, temos o amor que eleva, que enleva, que envolve tudo em uma bolha de afeto ofertado à um e a todos.
Porque amor irradia, transfere o excesso, distribui.
Não há sentimento que mais ensine e que mais force a aprender.
Amor desprotege, desarma, desmascara. Amor entrega, despoja, desnuda.
Fragiliza, vulnerabiliza, sensibiliza, amor recupera.
Amor é trazer, não levar.
Amor é dar, não tirar.
Amor é dividir.
E quando dá aquela dorzinha ao pensar na pessoa que amamos, essa dor é a única que não magoa, que não faz sofrer, porque é a dor de um amor tão grande que não cabe no corpo, é a dor da expansão, é a dor de um sentimento que cresceu tanto, mas tanto, que explode dentro e destruindo certezas, defesas, nos faz amar ainda mais quem já amamos muito.
Que doa, que exploda, que mude o eixo, que troque o norte, que desnorteie!
Se é por amar, que eu me dilacere!
Se é por amor, que eu me arrebente!
Porque é dele que virá a minha cura!
Texto gentilmente cedido por Caléria Gorki,uma das nossas colaboradoras no Fórum de Discussão do meu novo blog:
Sexo é um produto de consumo.
Uau! Visceralidade é o que há por aqui. Eu só digo que não sei se ainda tenho tempo de viver um amor assim. Eu bem queria toda essa intensidade.
ResponderExcluirMuito bom!
Abraços alagoanos.
Oi MILENE,
Excluirfaça o tempo, escravize-o a seu modo, dome-o,traga-o para você, pois é lógico que o amor é tudo, e tudo em nome dele se torna subserviente,em qualquer tempo, em qualquer idade,em qualquer lugar.
Desfrute também, desta visceralidade!
Um abração carioca.
Belo texto sobre um sentimento único, que é o amor...e existem tantas formas de amar!
ResponderExcluirBom fim de semana
Olá SÃO,
Excluirquanto a beleza do texto todos nós concordamos e concordaremos também, quanto aquilo que é essencial na sua firmação sobre as multifacetadas formas de amar.
Um abração carioca.
"Se é por amar, que eu me dilacere!
ResponderExcluirSe é por amor, que eu me arrebente!
Porque é dele que virá a minha cura!"
Assim se resume tudo que gostaria de dizer.
E se a cura para um amor é outro amor... estarei esperando.
Belíssimo texto meu querido, bjus.
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NÁDIA,
Excluirpor esta razão este texto da Caléria Gorki, foi aqui publicado.
É de uma beleza extraordinária e indica o norte e dá o mote, para seguirmos em frente, sem pejo nem pudor.
Um abração carioca.
Bom dia !!!
ResponderExcluirUm texto valioso eu adorei, palavras
bonitas olha arrasou em tudo, valeu a pena
te visitar hj, parabéns
Abraços de bom domingo e boa semana
Bjuss
_Rita__
RITA,
ResponderExcluiras palavras tem esta magia.
Existem aquelas que jamais deveriam ser colocadas e outras que, após serem tornadas conhecidas elevam,edificam,são pedagogicamente, a motivação correta para decisões e reflexões sábias de quem as lê.
Quando estas palavras são densas de humildade e despojamento, tornam-se até milagrosas.
Veja o exemplo bíblico acontecido na estrada para Damasco,onde Cristo dirigindo-se a Paulo de Tarso, seu então implacável perseguidor, disse:
-Paulo ,Paulo, porque me persegues?
Atônito por tão inesperada demonstração de palavras de amor e humildade,Paulo de Tarso se entrega ao Cristianismo.
É a força do amor , que tudo pode!
Um abração carioca.
Oi Paulo
ResponderExcluirCada um define o amor de um jeito, eu já gosto de um amor tranquilo, meigo, carinhoso, até meloso, charmoso, parceiro nas alegrias e tristezas, solidário e quando surge um olhar ousado o amor da lugar a paixão que me aperte, me chame de meu tesão, me enlouquece de prazer, mas depois vem o descanso o carinho e volta o amor... .... ...
Obrigada pela visita
Lua Singular
DORLI,
ResponderExcluiré exatamente esta pluralidade e diversidade de definições e, formas de vermos esta indescritível possibilidade de amar e ser amado que,torna factível vivermos uma odisseia benéfica de conquistas e felicidades!
Linda sua postagem,franca...parabéns.
Ah! O amor é muito mesmo! E saber defini-lo só amando realmente. Descreveu um texto poético de maneira que o amor é o objeto de desejo de todos nós, seres humanos. Parabéns sempre!
ResponderExcluirPois é ANGEL,
ResponderExcluirvocê ao descrever o amor como o "objeto de amor de todos nós", colocou de forma a não deixar margem para nenhuma outra observação.
Um abração carioca.
Muito belo o texto. Os caminhos do amor são imprevisíveis, mas nossa maior alegria ainda está em passar por eles. Abraços!
ResponderExcluirOLÁ MARILENE,
ResponderExcluiré verdade!
E assim como o amor, nós precisamos criar os atalhos para passarmos por caminhos difíceis e quem sabe assim, nos superarmos e aprender que, só o amor constrói.
Um abração carioca.
Que texto perfeito! Adorei! Paulo, obrigada pela visita! Em breve voltarei para ver os outros textos com mais calma. Abraço!
ResponderExcluirANA CAROLINA,
ResponderExcluirvolte sempre, pois quem sabe outros textos bons como este, estarão aqui presentes para recebê-la.
Um abração carioca.