É como fosse um corpo só,desenhado no desejo de quem ama de
ser único apesar de dois.
O que sente um corpo o outro responde.
O que dói num corpo dói no outro.
Não há jeito de anular estas sensações que avançam e sabemos
serem do outro, mas na verdade o outro, somos nós que amamos aquele outro.
Que armadilhas este tal do amor nos arma.
Anda e desanda na lógica formal das coisas, Cartesianas rígidas,
contrariando princípios de todas as ordens, matizes, referencias ou
significados.
Amor que endoida, faz ficar bom, acerta e erra sem saber e querer,
não olha para lugar nenhum além de só um rosto, olhos, sorrisos, boca.
Boca que se abre e beija,aproxima-se e afasta-se,gruda,desgruda,abençoa
e critica, mas a boca que mais gostamos: Morde!
Olhos que tudo vêem e de soslaio recriminam, abertos e
lacrimejantes se emocionam, cerrados e franzidos nem querem ver o que lhes
causaria dor, como a dor que o outro sente.
São dois um só. É um que ficou múltiplo, mas dividido em
tantas vontades de estar colocado e dentro, não suporta a ideia de serem dois e, se admite, não entende e se entende, não quer e, quando dois não querem ninguém
deixa de ser um só.
Sofrimento do outro que sofre na gente, dores de qualquer
natureza e etiologia que começa lá e termina aqui dentro do nosso coração.
Ser dois num só é o que dá!
Mas, como desvencilharmos desta predestinação mágica de
sermos um e termos tudo de dois?
Beco sem a saída, estrada enfeitada de montanhas e todas parecidas
como se fossem todas, uma só, também.
Cheiro de mato, cor de vazio, sentimento de estarmos agora
um só e nem ligarmos para tantos braços e pernas que, contrariam esta
fantasia mais forte.
Não sinta o mal, ele ressoa dentro de mim, não tenha dor de
nada, dor de nada eu não sentiria em lugar nenhum,também.
Não tem jeito,o que em você existe,existe como projeção em
mim e aquilo que em você ferve, queima na minha pele.
Se fosse possível pedir alguma coisa hoje eu pediria que, você nunca sofresse, afinal se é para eu sentir que, seja direto, reto e sem
desvios, logo em mim.
E se eu vou sofrer mesmo com o seu sofrimento, então porque não
sofrer logo eu sozinho,no seu lugar!
Queria que fosse assim!
Nossa! Fiquei arrepiada!
ResponderExcluirSuper intenso e de uma sensibilidade ìmpar. Parabens!.
Abraços!
LU,
Excluirarrepiar é bom,eu também gosto muito de arrepiar o arrepio que vale a pena!
Obrigado LU.
Um abração carioca.
Amores raros esses...
ResponderExcluirFRIDA,
Excluiros verdadeiros amores, sempre são raros.
Concorda?
Um abração carioca.
Paulo,
ResponderExcluirIntenso, maravilhoso; o amor é mesmo assim.
E, sua sensibilidade nos presenteia com mais um texto único em seu conteúdo.
Abraço paulista
VERA,
Excluira sensibilidade é de todos nós que reconhecemos no amor a saída para uma felicidade esperada!
Um
Paulo, todo texto é lindo e intenso, para mim, esse trecho define essencialmente a dor dividida nos apaixonados: “Não tem jeito,o que em você existe,existe como projeção em mim e aquilo que em você ferve, queima na minha pele...”
ResponderExcluirUm abraço carioca.
sub helena,
Excluirquando o amor toma conta,conta somente o outro, pois a gente passa a ser ele,submisso,real,sem pejo,nem rótulos.
Um abração carioca.
Oi, Paulo! Ainda hoje falava sobre isso com minha filha. Quando conhecemos uma pessoa e sentimos que há uma conexão intensa é porque certamente o sentimento entre ambas é especial.
ResponderExcluirTenho um grande amor e tal como diz o texto, desejo sempre fazer o que estiver ao meu alcance para vê-lo feliz, fazer o possível para ajudá-lo e mantê-lo bem, porque a sua dor dói em mim também.
Um abraço!
BIA,
Excluircomo você vê, estas situações são absolutamente prováveis.
E às vezes a dor que dói em nós, é ainda pior,muito pior, daquela que dói no outro.
Concorda?
Um grande abração carioca.
Texto extremamente sensível e intenso.
ResponderExcluirAbraço.
GRAÇA PIRES,
Excluirque bom você ter gostado,seja pela sensibilidade e intensidade por você a ele atribuído.
Um abração carioca.
Intensamente sensível!Muito bom.Abraços, meu amigo e tenha uma semana repleta de grandes realizações.
ResponderExcluirMARIA ADELADIA,
Excluirobrigado e apareça mais por aqui.
Combinado?
Um abração carioca.
Uma maravilha de texto...Penso que o amor é isto!
ResponderExcluirAbraço
Graça
GRAÇA PEREIRA,
Excluirdividir a dor e a alegria,não é?
Um abração carioca.
Um enlace de um momento caliente que pode se tornar constante, é assim que prefiro elogiar mais este texto que nos presenteia. Quando estamos determinados a nos permitir viver esse enlace que pode vir com gotas de sofrimento também nos tornamos uma só carne, um só abraço, um só desejo intimo de até nos colocarmos no lugar daquele (a) que estamos a nos entregar.
ResponderExcluirMe encontrei em alguns paragrafos...
Fraterno abraço
Nicinha
Retribuindo a visita ao meu Blog e já seguindo aqui! Um abraço!
ResponderExcluirLUCÉLIA,
Excluirvolte sempre.
Um abração carioca.
Que lindo! Quando amamos é assim mesmo!!! Preferimos sofrer em nós mesmos, só nós mesmos, já que acabamos por sofrer junto com o ser amado.
ResponderExcluirOI MERI,
Excluira dor em nós dói menos!
Agora , não suma,ok?
Um abração carioca.
Ah!! Bjo, querido amigo!
ResponderExcluirMeri Pellens.
Obrigado Meri Pellens, seu blog continua,excelente!
ExcluirUm abração carioca.
Um enlace de um momento caliente que pode se tornar constante, é assim que prefiro elogiar mais este texto que nos presenteia. Quando estamos determinados a nos permitir viver esse enlace que pode vir com gotas de sofrimento também nos tornamos uma só carne, um só abraço, um só desejo intimo de até nos colocarmos no lugar daquele (a) que estamos a nos entregar.
ResponderExcluirMe encontrei em alguns paragrafos...
Fraterno abraço
Nicinha
PERSEVERANÇA,
Excluirque bom ter se encontrado em alguns parágrafos.
Quem diz que isso não importa para quem escreve um texto, está faltando com a verdade.
Eu fico imensamente feliz saber que existe identificação, aqui e ali daquilo que torno explicito.
Mesmo!
Nicinha, um abração carioca.
É sintonia! É empatia! É acreditar que pode ser além de dois numa mistura única e virar realmente uno, singular, único. É se entender no outro a ponto de nem temer qualquer que seja o padecimento. E viver em comunhão na alegria ou na dor.
ResponderExcluirNão lembro se eu já disse que gostei muito desse lado aqui também! Se ainda não, aproveito para frisar! Adoro seus textos!
Grande abraço!
www.lucadantas.blogspot.com.br
LU,
ResponderExcluirvocê já disse isso sim, diversas vezes!
Mas posso lhe pedir uma coisa?
Continue repetindo,repetindo,repetindo...
Combinado?
Um abração carioca e uma excelente semana para você.
Oi Paulo,
ResponderExcluirEu disse que voltaria logo, não disse? Entao, voltei!
Muito obrigada pelo carinho, viu.
Um abraçao daqueles bem carioca, meu conterraneo.
LU,
Excluirtudo que você fala, se escreve. (rs)
Um abração carioca, também!