Tenho uma maldita - para os dias e modos modernos –
percepção de fatos que por vezes é tão
insólita quanto a inevitável obrigação de termos que sacrificar um cavalo só
porque quebrou uma das pernas e sempre
achei isso o emprego de uma força desproporcional e covarde.
Também me tornei inconveniente, por deslize de caráter
inadaptado – para os dias e modos modernos – na defesa de princípios e minhas
picuinhas de ideias e ideais remanescentes de um passado cujos valores eram
menos elásticos e se insistíssemos em ignorá-los arrebentavam na nossa mão.
Época aquela que, pelas mesmas razões sempre ficava com um
pé atrás daquela conduta desmedida-para
os dias e modos modernos- a hipótese da existência dos himens complacentes,
julgando-as naqueles tempos, farofices e bufufas
biológicas, descabidas desculpas e
pensava simplificando, num fato correlato do elástico que sempre arrebentava nas
minhas mãos quando eu o esticava demais.
Minha geração nascida no momento em que os povos se
divertiam jogando bombas uns nas cabeças dos outros, sempre foi muito crítica,
me indignava quando o ser humano ainda se indignava verdadeiramente - para os
dias e modos modernos- no qual a indignação é só retórica, pois, poucos põem a
cara a tapa nas ruas, nas praças ...
E por esta formação aprendida nunca aceitei conviver com
amores que pudessem ter substitutos nem estratégias de substituição de
interesses outros descartáveis-para os dias e modos modernos- e assustava-me
o fato de que a mentira dita a uma mulher ou vice-versa, não fosse ato de desvarios absolutamente
ultrajante e que merecia ser punido sim, com a forca.
Impregnado e empolgado pelos intrépidos discursos de Cicero
e Catilina que formataram meus modos de diálogos exacerbados e acredito
ultrapassados- para os dias e modos modernos- principalmente para esta época
atual, na qual tudo se explica e se justifica através desta porcaria inventada e que deram o apelido de: Politicamente correto.
E eu lá quero ser correto. Interessa-me ser justo!
Gavião intrépido de outrora e de encantamentos outros para
as mulheres daqueles tempos que, me cercavam e me acolhiam com relativa
generosidade- para os dias e modos modernos- vejo agora como fomos todos para os mais abissais e
indesejáveis buracos de um chamado processo evolutivo social no qual, e pasmem,
às vezes nem o café se mistura mais com o leite e onde viceja o racismo, o egoísmo,
este pior dos capitalismos e...tantos outros ismos.
Portanto, entre isto e aquilo, aquilo e aquilo outro me
aborrece muito, aquilo que era antes o amor- para os dias e modos modernos – e
naquilo que se tornou.
Não que eu queira exumar Romeu e Julieta, mas me chateia não
termos aprendidos com Shakespeare o mínimo
dos seus ensinamentos e necessidades vitais que apontavam para a verdade de
como lutarmos por um amor autentico.
Isto é imperdoável!
Feliz 2016, abraços
ResponderExcluirMaria Teresa
MARIA TERESA VALENTE,
Excluirfeliz tudo para você, obrigado mesmo pela generosidade da atenção e estamos aí!!!
Um abração carioca.
Completamente de acordo, amigo.
ResponderExcluirPor cá, costuma-se dizer, quando já não há o mínimo respeito por algo fundamental na conduta das pessoas, "Já não há homens como antigamente".
Banaliza-se (quase) tudo e os limites esboroam-se.
Bjo e bom ano :)
ODETE FERREIRA,
Excluirbom ano para você também e por aqui Odete dizemos a mesma coisa!
Obrigado pela atenção.
Um abração carioca.
Não são pensamentos nem posturas ultrapassadas, amigo Paulo, na minha humilde opinião, ainda existe uma pequena parcela que pensa assim, não aceita o politicamente correto e sim, o justo, a paz com as nossas consciência e dignidade.
ResponderExcluirUm feliz 2016!
Um abração carioca!
lADY VIANA,
ResponderExcluiré isso!!!
Nada a acrescentar.
Um abração carioca.