EU.


                                                                     

Não sou cubo, não sou poliedro,muito menos triângulos cheio de lados pois, se olho, olho é de frente, sem ângulos de soslaios, metaforicamente sextavados como se estivesse falando entre quinas pontiagudas das minhas percepções e o pior, para as paredes.

Portanto, falo de frente,erro mais não me escondo em noventa, cento e oitenta ou trezentos e sessenta graus pois, minha geometria de vida é plana,o que me facilita pisar no chão com segurança,sem resvalos, por esta razão, tropeço menos e quando caio não espeto em mim o que não devo.

Tenho e sempre a certeza de que, as crianças quando caem machucam rostos, joelhos, braços eu, como adulto quando caio, firo a alma, e a esgarço provocando descontinuidade naquela frágil e sempre ameaçada integridade da sua forma , atingida por meus habituais e incorrigíveis desvarios.

Sou o que me deixaram!

Muito menor do que os lírios do campo, de qualquer uma das sete ou dez maravilhas do mundo ou do que, um sorriso de mulher.

Porém, muito maior do que a ingratidão, a violência e esta injustiça social entranhada nas vísceras perversas dos desequilíbrios entre esses e aqueles,aqueles e aqueles outros.

Vejam!

Sou produto nobre de torpezas e grandezas, desenvolvi senso critico que me ajudam muito quando o interlocutor é generoso e prejudicam quando ele fala a minha própria língua.


Quando em noites de lua, sempre referencio os rostos das mulheres mais próximas, se chove cubro-as com meu tórax, e na praia, abro mão da barraca protetora pois, sou pele grossa e bruta e elas,  pétalas de rosas.

E sei que as flores murcham , no sol forte.

Portanto...

Sou a antítese, o desconforto das piadas sem graça,o emaranhado de fios que sobram atrás do computador, a colméia barulhenta e desorganizada após uma certeira paulada que a desfaz, daquele que não tem medo que o feitiço se volte contra o feiticeiro, em moedas de muitas picadas dolorosas e nada, com sabor de mel.

E se quisesse me descrever ainda mais , aí sim ,eu pararia por aqui mesmo e imediatamente, porque tenham a certeza de que ,apesar de muitas coisas boas e outras ruins que tenho, as boas já lhes enumerei todas e o que agora lhes teria para dizer, seria todo o resto dos meus mais impublicáveis defeitos , até aqui omitidos.

Portanto, o texto acabou !

Quer que eu minta?

22 comentários:

  1. É por isso que te admiro e te gosto. Lindo!

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    1. NÁDIA,

      em geral,nos gostamos de quem gosta da gente e isso explica nosso mútuo respeito e amizade.

      Um abração carioca.

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  2. ´O quereres e o estares sempre a fim
    Do que em mim é em mim tão desigual
    Faz-me querer-te bem, querer-te mal
    Bem a ti, mal ao quereres assim
    Infinitivamente pessoal
    E eu querendo querer-te sem ter fim
    E, querendo-te, aprender o total
    Do querer que há, e do que não há em mim

    Ah! Bruta flor do querer
    Ah! Bruta flor, bruta flor´

    [contém 1 beijo]

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    1. OI MARGOH,

      "Do querer que há,e do que não há em mim" é de uma poesia de troca que grita!

      Muito bom!

      Um abração carioca.

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  3. Não minta! Diga as suas verdades geométricas, sempre, e tanto. Diga!

    Beijos alagoanos.

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    1. MILENE,

      pois é , já não dá mais para esconder de ninguém, pois a cada novo texto desdobro-me em códigos e senhas logo interpretados por todos vocês.

      É, por esta razão que escrevo.

      Um abração carioca..

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  4. Oi CRISTA,

    procuramos perseguir isto, sempre.

    Um abração carioca.

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  5. Eu passei a conhecer as pessoas melhor quando passei também a me aceitar, de que não adiantar colocar óculos escuros, um dia o dia fica noite e você tem que tirá-los.
    Quando somos verdadeiros nos amamos mais.
    Beijoka
    Nicinha

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  6. Oi NICINHA,

    é quando nos aceitamos que os outros ficam nossos irmão , ao invés de adversários.

    Um abração carioca.

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  7. Opa!É deste ritmo que gosto...
    Este é voce? Entao temos muito em comum, meu caro!
    Muito bem descrito e sem ser preciso mentir!
    Quanta inteligencia, meu Deus!
    Parabens!
    Dorei,dorei!

    Beijao carioca pra ti, conterrâneo!

    Linkando pra voltar!

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    1. Oi LU,

      minha conterrânea, sou eu sim , peito e coração abertos, homem sem medo de falar de amor, homem que é da mulher um eterno e respeitoso companheiro,da mulher namorada,da mulher amante, da mulher amiga, e como sempre fui da maior mulher da minha: Minha mãe!

      Bom ter você aqui, muito bom!!!

      Um abração carioca.

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  8. Olá amigo, creio que assim posso chamá-lo.
    Venho retribuir a visita e acredite como adorei tua casa. Por aqui passo e por aqui eu fico.
    Falar de amor, conflitos, oportunidades, desencontros enfim... falar de tudo que define nós "seres humanos" é smepre bom.
    Mil beijos pra ti e tenha uma ótima semana. ^^

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    1. APENAS EU,

      e que agora sejamos, "inclusive nós"!

      Sempre persigo a felicidade,da única maneira possível de conquistá-la, ou seja,através do amor.

      E todo e qualquer problema disto advindo, parto para cima, vou resolver, não deixo para amanhã,pois só o maior constrói tudo aquilo que precisamos.

      Então...

      Um abração carioca.

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  9. Você é o total de um ciclo que a vida te permitiu. E olha, eu admiro sua maneira direta, franca, cavalheira e humorada desse seu lado que nao tem graça nenhuma.
    Eu olho de soslaio antes de olhar de frente, analiso com o cantinho do olho antes de encarar, mas eu sou flor trêmula ao vento e posso até me permitir, já você é árvore de raízes firmes, que resiste a um tufão [ou não]. Mulher chora pra fora, homem chora pra dentro e isso o deixa mais duro, consistente e forte.
    Eu gostei do seu lirismo analógico entre homem e mulher, entre a dor física e a dor emocional. Simplesmente belo, em suas verdades e eu aprecio isso, sr sem cantos e quinas.
    bjks doces desde Brasília.

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    1. MARLY,

      sempre gosto muito da sua presença aqui e o seu blog continua cada vez melhor.

      Soube dos seus 1 milhão de acessos.Maravilha, e neste 1 milhão o homenageado fui eu com a publicação de meu texto.

      Como lhe agradecer?

      Esta sua generosidade e desprendimento é que a levarão a muitos outros milhões.

      É isso, sem cantos e quinas, amiga Marly.

      Um abração carioca.

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  10. Um texto poético sem artifícios e nem desvios, segue a estrada da vida sem máscaras, na real. Mas inteligentemente, somos, todos e todas assim, o que descrevem de nós, o que nos julgam, que nos escancaram. Parabéns!

    Abraços, meu amigo...Bjos...

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    1. ANGEL,

      desvios e a artifícios,seria trair a você que me lê e a todos os outros que estão sempre por aqui.

      Essa é minha forma de respeitar você, respeitar quem acredita na verdade.

      Um abração carioca.

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  11. Direto e reto ao assunto hein Paulo. É interessante como constrói as ideias e as desenvolve. Curti.
    abraço

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    1. MINA CARA,

      cada vez que recebo a aprovação de vocês, volta o entusiasmo de escrever algo e cada vez, mais ...reto e direto.

      Gosto disso!

      Um abração carioca.

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  12. Ôpa! Com licença vou me fechar aqui:

    "Sou produto nobre de torpezas e grandezas, desenvolvi senso critico que me ajudam muito quando o interlocutor é generoso e prejudicam quando ele fala a minha própria língua."

    Demais essa sua definição pessoal que, sem querer, me levou junto. Como explicar? Gr. Bj. Paulo!

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  13. Olá!!

    Retribuindo a visita que fez no meu blog! Adorei esse texto, por gostar ( e muito!) de pessoas assim ''diretas e retas''!

    Seu blog de humor é legal, mas esse foi o que mais gostei! Parabéns! E vou passar aqui quando der tbm!

    Abraços cariocas!! :)

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