Nesta moderna contemporaneidade
dos usos e frutos globalizados em idiomas “outros, e a língua portuguesa ofendida nas pronúncias
equivocadas de “pobremas”, framenguistas”, “dois pastel”, e o escambal, a
verdade, no entanto, o que eles têm que engolir, como diria Zagallo, é um fato
muito simples: No Brasil, nasce brasileiro!
Então, benção painho, é "nóis" na fita, e se der carrinho por trás dentro da área é pênalti.
Brasileiro caboclo, pardo para se dizer negro, branco sem querer repudiar a completa miscigenação, índio esquecido lá atrás agora de laptop e roupa de grife, mulheres nascidas desta terra inigualável com superior inteligência, cor, sensualidade invejável e bundas a parte, pois, afinal, ninguém é de ferro.
Homem moreno, estaturas medianas, olhos iguais aos meus, aos seus, aos nossos que, tropeça sim, meio vacilão às vezes, malandro por natureza e espertezas à parte.
Todos suportam esta gente do exterior metido a colonizador, desta antiga colônia da dor que, ficou assim, com o saque do ouro, Pau-brasil, a honra dos negros escravos e estupros nas moitas dos matagais do tesão europeu em terras de Santa Cruz.
As vitimas,as índias e fez-se a fabricação de mamelucos em série, mas, já libertos no papel, sinal dos tempos, só falta agora, o tempo da vergonha na cara!
É a terra que queriam fosse maldita ao sul do equador, escândalo deste samba de raiz meio jogado às traças, desprezado por poucos, muitos, da mulata que, com graça e beleza afirma na avenida o único balé que todos compreendemos, ou seja, o deslizar em toques sutis no asfalto da cultura brasileira, espezinhada pelos nórdicos de plantão daqui e de fora, e de olho nos enfumaçados e poeirentos Rock in rio da vida.
Não do Rio do Cristo Redentor, mas vendido por poucos mil reis e à moda antiga, na corriqueira submissão cultural que, traduzida na linguagem dos nossos hermanos argentinos e donos do Papa, nos tornam verdadeiros “macaquitos”.
Somos, ou não somos?
Ah, impiedosa relação incestuosa de filhos disto ou daquilo, contra a raiz Macunaíma e sem pudor ao desprezar o Sacy pererê.
Afinal, Halloween das bruxas é o cassete, e distribuição de
bala e doce por aqui é sem castigo no dia santo de dois santos: Cosme e Damião.
Coisa nossa, máfia própria, linguajar diferente só de doação, amor e brasilidade, sem foguete intercontinental de ogiva atômica, apenas crianças com cara e coração tropical, corpo suado na correria alegre.
E sendo Deus brasileiro, o derradeiro som, o que sobreviverá, será sempre dentro das nossas consciências e, com repenique de tamborim, agogô abusado,pandeiro divertido, compassado e marcado por bumbos de voz grossa, surdo, caixa e tarol em sequência de enlouquecer o sangue pátrio sem veneno de coisa de fora e, frigideira dando o tom do metal.
Metal não, das balas dos assassinatos em série que, por lá abundam, ensanguentando a escola que, por aqui é de samba.
Rock in Rio, seja bem vindo, praga bendita do turismo e
traga o idioma de fora, dos nórdicos hoje, desempregados e muito economicamente
caidinhos por lá, fazendo aqui uma boquinha, ganhando uma graninha, tem para
todos, Brasil de braços abertos, só não venham com aquelas amarras de cabaça,
pousando de maioral.
Toquem suas guitarras barulhentas, mas escuta só: Calma, menos, menos,vocês perderam,somos por estas bandas a bola da vez do capitalismo, fazer o que não é?
E nós outros, vamos entupir aquele circo de muita barulheira e muitas cabeças doidas por natureza e endoidadas por tudo que, de liquido ou sólido ingerem,cheiram,fumam e lá vem tosse, bobeira e muita tranqueira.
Não faz mal, precisando de socorro medico de urgência, aqui no Rio de Janeiro é só discar190.
Aquele circo que, quando chove enlameia, continuará Brasil, e como dizia o velho sábio da velha lapa boemia, do carioca orgulhoso: “Cara, se você ganha em real, fala português, pô”.
Não é feio não, é o idioma mágico da sua mãe, a palavra conselheira
do seu pai, os textos antigos de carinhos inesquecíveis das suas avós, a
maneira pela qual você aprendeu a fazer a diferença entre esperteza e traição,
respeito e submissão, estas sim, as verdadeiras moedas de troca falada no
idioma que, saem da alma dos habitantes desta terra em brado retumbante, risonho
e límpido que, espelha essa grandeza, afinal és mãe gentil, não é pátria
Brasil?
Gostei de seu texto e fui ouvir o que aqui aconselha.
ResponderExcluirNão me arrependi, mas estranhei o final...
Gostaria imenso de assistir a um Carnaval aí, no Brasil.
Bons sonhos
Olá SÃO,
ResponderExcluirobrigado pelas generosas e cavaleirescas observações portuguesas, com certeza.
Realmente,o vídeo acaba sem combinar com a gente (rs),de forma esquisita,assim de repente, mas nem sempre todos os finais são surpreendentes.
Concorda?
E vir para o carnaval no Brasil, é alguma coisa que você deveria colocar, entre as suas prioridades de vida.
Modéstia à parte é deslumbrante.
Um abração carioca.
Oi Paulo
ResponderExcluirTexto brilhante! Como todos os seus o são.
Penso que a raiz do problema está na raiz da nação: A riqueza em muito prejudicou, foi uma nação surgida da extração e saques considerados legais, pois, afinal legal naquela época era o colonizador, os de cá não passavam de selvagens que aos olhos capitais, dela não sabiam usufruir. Penso que hoje continua esta mesma ideia do lado de cá e de lá do equador, ambos veem as coisas como se via no início: Bacana e descolado é o outro, rico é o de cá, mas estúpido que não tem consciência da própria riqueza.
A riqueza que atrapalhou: caso fôssemos pobres em recursos naturais, se viessem, viriam para construir e não para usufruir. Mas, somos ricos, e, de usufruto para terceiros esta terra segue, nem tão gentil para com os seus, pátria amada Brasil!
Beijos, Paulo
Olá VAN,
ResponderExcluiré verdade, o que é demais,pode ficar faltando se aqueles que usam não estiverem preparados para fazê-lo.
Sua hipótese até que estava faltando para completar a série de reflexões que sempre faço, sobre a natureza destas coisas.
Valeu, pela forma simples e tão objetiva como você colocou e sabe?
Às vezes, é isso que me falta.
Um abração carioca,VAN.
Paulo você traçou nossa história e nosso caráter tão brasileiro [que renega a própria cultura] e cultua o que é renegado.
ResponderExcluirA "nossa mãe gentil", nem sempre é gentil com nosso povo que é realmente formado dela, das dores dos trabalhos, dos sonhos em simplesmente ser brasileiro. Fomos saqueados e sacaneados por essas outras bandas do equador, mas estamos por cima, somos realmente a árvore que dá fruto e alimenta muitos mesmo que seja do tipo que furta pelo muro...
Rock in Rio... Nada contra e nem a favor, muito pelo contrário! Se atrai turista dizem que é bom, eu não sei bem se é. Esses "importados" andam como vc disse bem mais duro que nós. Afinal estamos por cima, se los hermanos são donos do papa, foi aqui que ele veio. Aqui haverá a copa[se a fifa não desistir]e ainda ROCK IN RIOOOOOO! Eita estamos demais.
Adorei o texto Paulo, com um tom irônico consegui que eu pensasse muito sobre esse momento que atravessamos.
E quanto à nossa língua?? Estamos numa era de liberdade ou libertinagem com nossa fala mater?
Mudei de blog agora é http://apenaspalavresias.blogspot.com.br/
MARLY,
ResponderExcluirescrever para gente inteligente,com visão aberta e que vê dois palmos à frente como você, é muito fácil.
E, não tenho dúvida, seu comentário,sinceramente é muito melhor que o meu texto.
Quer que eu minta?
Um abração carioca.
Obrigada pelos "dois palmos". Escrever é fácil para quem domina o assunto e me frustrava quando escrevia tico e a pessoa entendia taco, depois entendi que cada pessoa vê o que está escrito por um ângulo somente seu, ou tem tem uma abrangência maior. Afinal é na escrita que a gente pode ser poeta, cômico, crítico ou apenas nós mesmos numa hora só nossa. kkkkkkkkkk Sou tagarela demais [ou teclarela}
ExcluirQuanto a ser meu seguidor, vc era sim, mas o blogger engoliu meu palavresias e eu nem conseguia entrar mais, a sorte é que o tinha salvo em disco rígido uns dias antes e aí abri o "apenas palavresias" e agora é um novo seguidor :}
E é tudo verdade sobre a higienização da lente... Um professor de história kkkkkkkkkkkkkkkk Cada um tem seu momento de dâaaaa mesmo [e eu me apropriei desse momento... Que feio né? Mas me divirto colhendo pérolas como essa, deu bobeira eu "crau"]
bjkas doces
MARLY, grande amiga.
ResponderExcluirAgora entendi,o lance de não ser seu seguidor até agora e, estranhei mesmo, e disse:
-Mas esta é a minha escritora predileta, colecionei dela tantas pérolas que, até um cordão fiz e ganhei, uma graninha .kkkk
Bem Marly, quanto aquela figuraça, ainda bem que colocou as lentes de contato, imagina se quisesse higienizar os ovos. kkkkkk
DE CODORNA LÓGICO!!!!
Um abração carioca e mais feliz do que pinto no lixo com suas histórias,espetaculares.