PEDIDO A UMA ESTRELA CADENTE.




Relacionamentos afetivos são momentos,ora mais intensos,ora menos, no entanto, devem ser entendidos e respeitados como uma forma natural e que acomete todas as coisas, e não só, especificamente,ao amor.
É assim com a vida em si mesma, também, pois, existem dias que  a gente se sente o bagaço do último fruto da mangueira,um córrego muito tênue,por onde antes, um rio caudaloso nos parecia eterno,imutável,enfim.
Nas próprias vinte e quatro horas de um dia, quantos de nós pela manhã  não nos sentimos mais confortáveis, outros sentem uma sintonia maior com o por do sol que lhes atiça fortes emoções internas ou ainda, aqueles que, só à noite começam verdadeiramente,a viver toda a intensidade daquele verdadeiro dia?
Os momentos do amor não são diferentes também, do nosso desenvolvimento enquanto seres humanos que, na infância vivemos machucando os joelhos, ralando os braços e quando adultos ferimos às vezes e mais profundamente ,a alma.
São estágios diferentes de um eterno buscar adiante, melhores chances, outros momentos, sois mais claros,luas mais cheias,estrelas mais brilhantes e de preferencia as cadentes que, riscam o céu a espera de um pedido nosso,conforme aconselha a boa tradição popular.
E o que dizer  daquela solta, livre,multicolorida , esvoaçante  e alegre borboleta que,ontem, ainda era lagarta triste e presa ao casulo escuro da sua metamorfose.
O amor necessitar, sim, de pontos de reflexão,avaliação,repensar o que poderá ser melhor dele, como mantê-lo mais e sempre protegido das garras hostis de águia oportunistas que, possam agarrá-lo e o devorar na primeira montanha ali ao lado com bicadas mortais de dor lancinantes,agudas,insuportáveis e que enterram por ali mesmo a alegria de viver.
Faz-se da mesma forma quando um choro de recém-nascido é assim, quando ela quer expressar determinado tipo de dor,quando é assado, outro.
Assim  ou assado, aquilo ou aquilo outro, muito mais ou muito menos, nítido ou embaçado, desejado intensamente ou mais comportado,debruçado sobre promessas ou, aquietado na realidade linear do amor já adulto e, com certidão de nascimento reconhecida em cartório das verdadeiras e perenes emoções humanas:
Isso tudo é amor!
Ele não gosta e não deve ser posto à prova, é uma falta grave de certeza.
Qual de nós ao sermos perguntados se gostamos das nossas mães, colocaríamos em dúvida esse amor incondicional, por exemplo?
Quem de nós negaria água ao sedento transeunte, esquálido e já desidratado?
Que mão se furtaria erguer de um tombo severo e contundente, uma pequena criança que tropeça e caída,chora com olhar desconcertante para nós?
Restam então, as melhores das providência para mantermos o quanto mais possível, um amor incólume e estas poderiam ser, jamais considerar que ele seja o  bagaço do último fruto daquela mangueira e sim, o maior sol,a lua cheia de graça e irresistível do céu e finalmente, aquela inesperada estrela cadente que passa e a qual ,sempre deveremos pedir: Proteja o meu amor!

10 comentários:

  1. Realmente, existem momentos em que no nosso céu não tem lua, nem estrelas, nem sol, e nem mesmo o bagaço daquela que um dia foi uma linda fruta, nos sentimos... é assim que me sinto. Mas independente do que sinto, seu texto como sempre, está maravilhoso. Um abraço.

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    1. Mas, NÁDIA o definitivo no amor é a motivação que devemos ter para conservá-lo.

      Altos e baixos, nos o provocamos ou são provocados por terceiros e até , em ultima instancia está decretada a hora de uma profunda reflexão.

      E concordo com você , conforme diz a música:..."tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu...",lembra da música?

      Roda viva de Chico Buarque.

      Um abração carioca.

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  2. e vamos viver o amor da forma plena, bela e absoluta!
    abraços e beijos no coração
    amei o texto!

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    1. E MARCITA, eu amo quando você ama!

      Afinal, depois deste sentimento que, nem é o mais importante , mas o único que o ser humano deva investir sempre,fora dele o que resta?

      Violência e desamor.

      Então, estou fora!

      Um abração carioca.

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  3. Passando para deixar um abraço fraternal e uma qurta-feira bem legal ao seu estilo.
    Nicinha

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  4. Paulo! Que interessante, muita verdade no que escreve e especialmente quando compara a criança e o adulto. E realmente o ser humano tem que repensar a palavra " ser humano", pois a tortura psicológica é grande! E digo, que saudade do tempo que caia, ralava o joelho, chorava por coisas sem importância...Só cresce a medida que amadureço...Super o seu texto!

    Abraços poéticos!

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  5. Então ANGEL,

    crescer , amadurecer,vivenciar o que estamos tendo hoje em novas experiências, isto tudo é sinônimo de nos tornarmos adultos.

    Estes ritos de passagem de uma para outra fase, em geral, são conturbados, mas plenamente solucionados.

    Afinal, estamos todos aqui, vivos e sãos.

    Um abração carioca.

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  6. Paulo,
    A vida tem sim autos e baixos, assim como os sentimentos, nossas vontades, nossos projetos e até nossa maneira de pensar e repensar a vida. Tudo que vivemos traz experiências que se hoje parece sem sentido, amanhã será útil.
    Tem dias que olho no espelho e penso: Aff como consegui casar? E outros dias eu penso: Sortudo o que casou comigo.
    Temos que ter uma percepção mais apurada para vermos todas as estrelas no nosso céu... Tem dias que ele parece tão escuro, mas as estrelas continuam lá atrás das nuvens, ás vezes tão densa.
    Ahhh e se agora é bagaço, um dia foi fruta e usufruímos do sabor dela. Viver é isso, andar de passo em passo, sem atropelar as próprias pernas, sem questionar o amor, pois ele é sem razão, embora exista por todas as razões.

    Meu blog mudou de endereço:http://apenaspalavresias.blogspot.com.br/

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  7. OI MARLY,

    falar mais o quê? Depois disso tudo que você colocou?

    Um abração carioca.



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